15/01/2024 às 16h21min - Atualizada em 15/01/2024 às 16h21min
Esses moços
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Chega um tempo em que não discutimos mais para sentar ao lado da janelinha.
Fugimos dos holofotes e nem buscamos o primeiro lugar no pódio.
Só nos interessa a paz, a plenitude.
Felicidade é contemplar o nascer e o pôr do sol, se encantar com a criança dormindo, maravilhar-se com o aconchego das ondas, sentir-se amado por um cachorrinho abanando o rabo ao lhe ver, e ter até certa inveja dos mais idosos.
A sensação é de já conhecer as paisagens, de saber o final do filme, de enxergar-se ao ver a própria imagem no espelho dos lagos e não se espantar mais com qualquer atitude humana, incluindo as desumanas,
Descobrimos: não há nada de novo debaixo do sol e tudo já nasce velho.
O passado é o livro já lido, o presente o que tiver de ser e o futuro pertence a Deus, graças a Deus.
Não criamos expectativas, nem alimentamos espectadores.
Não queremos seguir ninguém, nem contar com incontáveis seguidores.
Por verdadeiramente desejar ver a vida fluir como os rios e afluentes, não nos interessa saber dos influenciadores.
Por tudo e com o olhar voltado para o horizonte, pensamos na vida, ao som de Lupicínio.
“Esses moços! Pobres moços! Ah, se soubessem do que eu sei. Não amavam, não passavam, aquilo que já passei...” *O Brand-News não se responsabiliza por artigos assinados por nossos colaboradores
