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06/12/2023 às 16h12min - Atualizada em 06/12/2023 às 16h12min

E o Sérgio Lira nos deixou...

Por Odair Camillo - Jornalista
Fotos: Brand-News / Marcelo Tercetti
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Recebi pela manhã a triste notícia do falecimento do Lira, grande amigo e protagonista do livro “Sérgio Lira e os velhinhos da Santa Ceia”, que lancei com ele em setembro de 2019.
A narrativa fala sobre a interação de Lira com os amigos do grupo - uma “associação” sem sede e sem carteirinha, sem taxa de manutenção, mas repleta de valores humanos.
 
Amigo sincero de mais de quatro décadas, eu o conheci ainda jovem - desde quando trabalhava na Farmácia Rosário, do escritor Jurandir Ferreira. Mais tarde, quando tornei-me jornalista profissional, acompanhei seu trabalho onde quer que estivesse. Grande apreciador do esporte e exímio pandeirista, lembro-me de ter participado de suas atividades, onde atuava como repórter, narrador, comentarista e até massagista dos atletas, amadores e profissionais.
 
Por onde passou, Lira deixou sua marca. Sempre com aquele carisma, voz acentuadamente grave, mas fanhosa, que atraía grandes amigos. O grandalhão de quase dois metros, nariz adunco e proporcional à sua altura, voz grave e levemente fanhosa, foi de uma comunicabilidade de dar inveja.
 
De todas as atividades narradas no livro, a mais comovente é o projeto Resgatando a Saudade, que o nosso biografado levava aos asilos de Poços de Caldas, apresentando as músicas do passado aos seus moradores.
 
Participei com ele durante anos das reuniões da “Santa Ceia”, grupo que ele, juntamente com o irmão Lázaro W. Alvisi, Dirceu Porto de Vasconcellos, Francisco Risola e Hugo Loyola, teve a felicidade de criar, reunindo amigos todas as manhãs, de segunda à sexta-feira, num dos cafés mais prestigiados da lanchonete da dona Cida, na rua Prefeito Chagas.

 
Lira contou-me inúmeras passagens interessantes de sua vida, que consegui gravar nas 38 entrevistas que fiz na sua casa para a edição do livro - relatos que mostram o exemplo de trabalho e dedicação que ele, certamente, vai deixar para a história de nossa Poços de Caldas.
Adeus, amigo!
 
 
“Sérgio Lira, oriundo de um lar regido por pautas cristãs, tornou-se com o passar do tempo o poços-caldense mais multifacetado de todos os tempos: farmacêutico de profissão, dirigente esportivo, radialista, coralista, produtor cultural e cantor, além de consagrado pandeirista.”
 
 
 
 
 


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