27/11/2023 às 15h27min - Atualizada em 27/11/2023 às 15h27min
Seleção estrangeira
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Foto meramente ilustrativa - Reprodução Google c
“Jogamos melhor, mas perdemos”. Essa foi a fala de boa parte dos jogadores e comentaristas esportivos brasileiros, após a derrota do Brasil para a Argentina.
Nada mais ilusório.
“Jogar melhor e perder” não tem base de sustentação, se o placar é adverso. Se a Argentina venceu foi em razão de ter jogado melhor, seja qual for a nossa justificativa. “Faltou sorte”. “Erramos apenas na finalização”. “O único momento bom da Argentina foi a cabeçada que resultou no gol”. “Fomos superiores durante todo o jogo”. Tudo isso é balela, quando o placar final mostrou o resultado de 1 x 0 e mais três pontos e a ponta da tabela das Eliminatórias Sul-americanas para “los hermanos”.
Existem inúmeras causas para o fraco desempenho do Brasil ao longo dos últimos anos. Vou citar apenas um motivo.
Verdadeiramente, a nossa “seleção” é formada, em sua maioria, por jogadores que atuam fora do país e faturam milhões de euros/dólares/riais (e não reais) em suas carreiras individuais nos clubes que defendem. Você acredita mesmo que eles irão entrar em uma “dividida”, disputar cada lance como se fosse decisivo, podendo sofrer uma contusão mais séria, apenas em razão de defenderem as cores da nossa pátria?
Nada mais ilusório II.
Com raras exceções, já estão com a trajetória profissional consolidada e com dinheiro para garantir o futuro de três gerações da família, incluindo não apenas altíssimos salários, mas o patrocínio de grandes marcas. Portanto, não precisam de “vitrine”, nem de aumentar o valor do passe, pois já são “produtos” reconhecidos no futebol mundial.
Esqueçam a magia do futebol brasileiro, as seleções do passado.
O tempo passa, torcida brasileira.
No presente, existe muita coisa envolvida e que muito pouco tem a ver com o futebol.
Ao ver jogadores brasileiros em uma partida, é importante ter a consciência de quem realmente entra em campo: as camisas do business, do marketing, das marcas, dos petrodólares, dos holofotes da fama, do alto rendimento financeiro.
Fecham-se as cortinas. Termina o espetáculo.
- Amor, você não vem dormir não? Já é quase meia noite...
- Tô indo! Estou assistindo futebol. Esta seleção brasileira me encanta. Talento, raça, dedicação e, principalmente, paixão pela camisa amarela. Uma seleção de encher os olhos. Espera um pouco que o jogo tá acabando.
- Ah, não amor!!! De novo você assistindo esta fita de vídeo da seleção de 70...
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