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23/11/2023 às 16h10min - Atualizada em 23/11/2023 às 16h10min

Por quem os sinos dobram?

Por Odair Camillo - Jornalista
Foto meramente ilustrativa - Reprodução Google
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Ernest Hemingway escreveu em 1940, uma de suas mais importantes obras literárias, “Por quem os sinos dobram”, inspirado no poeta e escritor inglês John Donne, que destacava em seus poemas o absurdo das guerras, afirmando: "Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade." 
E no seu livro, Hemingway mostra a estranha condição humana, em que os seres humanos são levados a se destruírem, sem que possa se justificar esses atos tão contraditórios de estranheza e repulsa em relação ao outro.
 
E passei a refletir sobre as causas das guerras, chegando à conclusão que estamos todos perdendo parte significativa da humanidade e parte de nossa história de vida como seres humanos.
E neste momento, vem-me à mente o significado dessa expressão tão antiga quanto religiosa, o “dobrar dos sinos”. Quando alguém morria, as igrejas católicas tocavam seus sinos no alto das torres. Isso significava que alguém que vivia ali perto havia morrido, e as pessoas se perguntavam: “Por quem os sinos dobram?”. Em outras palavras: “Quem faleceu?”.
 
Os sinos também informavam a aproximação de inimigos, de incêndios, rebeliões. Cada ocorrência possuía seu próprio dobre e as pessoas da comunidade sabiam interpretá-los.
 
Imagino agora na Ucrânia e na Faixa de Gaza, cidades sendo destroçadas por armas bélicas. Assassinos inescrupulosos atacando de surpresa pessoas inocentes. E percebo que nem mesmo as igrejas e os sinos são eficientes e cumprem seu papel. Apesar de toda a tecnologia agora existente, ainda somos vítimas e impotentes.
 
E mais uma vez, como escreveu Donne no século 17, Por quem os sinos dobram. “Quando um homem morre, todos nós morremos, porque fazemos parte da humanidade.”
 
 
 

 
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