24/08/2023 às 15h26min - Atualizada em 24/08/2023 às 15h26min
Rua Assis Figueiredo, um “shopping a céu aberto” depois da ponte do Mercado - Parte 3
Por Odair Camillo - Jornalista
Na década de 1940, a sede do Banco Moreira Salles e o Banco do Comércio e da Indústria de São Paulo tinham seus prédios frente a frente, em uma das esquinas importantes da cidade. Foto - site “Edifícios” c
A rua Assis Figueiredo, depois que se atravessa a ponte da avenida Francisco Salles, é diferente da parte do antigo Mercado Municipal em direção à mata. Diria que é eclética - e se antes abrigava lojas elegantes, hoje o que se vê são grandes magazines e comércio de produtos “made in China” por quase toda sua extensão, chegando a ser chamada de “um shopping a céu aberto”.
Embora tenha ainda construções antigas, a grande maioria das edificações sofreu intervenções que descaracterizaram suas fachadas. Esse “shopping” praticamente tem início na esquina, onde funcionou a Casa Paratodos, do saudoso Toninho Acconcia e, também a Casa Acconcia, de ferragens. Na sequência, várias lojas comerciais, além do Hotel Reis, do sr. Omar Belico. Do lado oposto, a mais conhecida certamente era a Loja Brasileira, do sr. Américo Chagas. Havia ainda as Pernambucanas, gerenciada pelo sr. Alceu Martinez, e a Sapataria Guarany, dos Pelegrinelli, que chegou a ser a melhor de nossa cidade.
Passando a rua São Paulo, lembro-me da Luar de Agosto, de meu amigo Acyr Petransan, que extraía a garapa da cana e vendia uma “pinga” especial. Ao lado, a Relojoaria Fazzi, do seu Lino. Dele comprei, depois de casado, um relógio de parede que está funcionando até hoje.
Nesse trecho, até a rua Rio de Janeiro, destacavam-se a loja A Futurista, da sra. Vitalina Rossi, que na época ostentava seu automóvel francês Vauxhall, a Farmácia Glória, do sr. Oscar Nassif na esquina, e do outro lado a Casa Carneiro, dos irmãos Élio e Marcelo.
Na sequência, havia o Bazar Paulista, a Casa Paraíso e o Banco Mineiro da Produção. Ao lado, no fundo de um corredor, o sr. João Araújo fazia a melhor pizza da cidade. Na esquina, num suntuoso prédio, a Casa Moreira Salles chamava a atenção pela sua arquitetura. Ainda nessa quadra, o restaurante Sem Sem, a loja Sulmi e a Frigidaire, esta do sr. Carmo Lamana.
A rua Prefeito Chagas vem a seguir, mas ficará para a próxima edição.
(Continua amanhã, 25/08)