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23/08/2023 às 15h27min - Atualizada em 23/08/2023 às 15h27min

Ícones da rua Pernambuco, do asilo e da Loja Maçônica, ao Hotel Minas Gerais - Parte 2

Por Odair Camillo - Jornalista
Hotel Minas Gerais - Foto: Acervo Pessoal Rubens Caruso
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Ainda muito jovem, sou acordado de madrugada por alguém batendo à porta, chamando meu pai para que fosse imediatamente à sua ferraria, uma vez que o armazém do sr. Lydio Flora, na esquina da rua Pernambuco, estava incendiando e o fogo ameaçava atingi-la. 
Ele saiu desesperado e lá, com uma mangueira, molhou todo o telhado, protegendo-o das faíscas que vinham do incêndio. Somente quando o dia surgiu é que o fogo foi debelado, mas destruindo tudo o que havia no armazém.
 
A rua Pernambuco sempre foi, depois da Assis Figueiredo, muito importante e movimentada. Bem na esquina funcionava a Farmácia Rosário, do saudoso Jurandir Ferreira, que anos depois se tornaria meu amigo e um dos mais famosos escritores de Poços de Caldas. No mesmo quarteirão, o marido da dona Lalá exercitava a função de barbeiro/cabeleireiro num pequeno salão.
 

Próximo dali, erguia-se imponente a Loja Maçônica Estrela Caldense, fundada em dezembro de 1895, tornando-se um ícone de nossa cidade. Também, do outro lado, surgia anos depois, em 1917, o Asilo Vinha do Senhor, que foi dirigido por muitos anos pelo sr. João do Vale Eiras.
 
Cruzando a rua Assis, do outro lado, a loja Rainha dos Calçados já imperava, próxima à outra entrada do Mercado Municipal, onde ficavam as gaiolas com aves a serem comercializadas. Na frente, a família do Nenê Tamburi trabalhava em sua oficina e o conhecido português Mané das Garrafas já praticava o comércio em várias modalidades.
 
E as obras do Hotel Minas Gerais, propriedade do sr. José Flora e, mais tarde adquirido pela família Borghetti, estavam concluídas e inauguradas - tornando-se, depois do Palace Hotel, um dos melhores de Poços de Caldas.
 
Do outro lado, a antiga Pensão do Carmo atraía hóspedes mais simples, mas também importantes. E defronte, uma bonita casa, até hoje mantida na sua estrutura original, funcionava a clínica dos saudosos médicos Dr. Antônio Megale e Dr. Salvador Zingoni que, anos depois construíram o Hospital Pedro Sanches, onde nasceriam meus filhos, e eu seria submetido a duas cirurgias, consideradas normais para a época.
 
(Continua amanhã - 24-08)

 
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