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15/08/2023 às 15h29min - Atualizada em 15/08/2023 às 15h29min

A rua Piauí, da minha infância

Por Odair Camillo - Jornalista
FOTO: Brand-News
Meus pais, Pedro Camillo e Lucinda, eu e meu irmão Dárcio, defronte a nossa casa, na rua Piauí
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O Hospital da Santa Casa, no Largo da Independência (hoje Praça Francisco Escobar), ainda não existia quando meus pais mudaram-se para Poços de Caldas, vindos de Paranapiacaba (SP). Na época, eu tinha 7 anos de idade.
 
Uma casa pequena, geminada, na rua Piauí, foi nossa primeira residência. Ao lado morava Nacib Naclé Cury, pintor que expunha suas telas na Galeria do Palace Hotel. Na esquina com a rua Minas Gerais residia Diamantino Rosa, que mais tarde criou a “Cinelândia”, uma grande loja de presentes na Praça Pedro Sanches. Do outro lado da rua ficava a residência da família do Sr. Iano Capitanini e, mais abaixo, as famílias Milani, Casalinho e Grandinetti.   
 
Essa rua tinha início na Prefeitura Municipal e era interrompida na praça, onde deveria ser edificado o Hospital da Santa Casa, como é até hoje. Atrás do hospital ela prosseguia até a mata. E nessa grande área, circundada por árvores enormes, os meninos como eu reuniam-se todas as tardes, após o horário escolar, para brincar de “soldado-ladrão”.
 
Árvores foram derrubadas e grandes buracos foram feitos para receber as sapatas de fundação da grande obra. Uma enorme tabuleta, bem posicionada, anunciava a construção do hospital, tendo como engenheiro o Dr. Shigeru Ono
 
A rua Piauí já era o caminho natural para se chegar à Fonte dos Amores, passagem frequente de charretes que para lá se dirigiam levando os “veranistas”, como eram chamados. Ao lado do portão de entrada, residia um senhor que possuía uma motocicleta Indian, preta, que chamava a atenção de adultos e crianças pelo tamanho e pelo forte ronco do motor. E mais abaixo, o Laticínios Rex, da família do Sr. Reynaldo Guazzelli, produzia os saborosos queijos e derivados do leite.
 
Ainda na rua Piauí, lembro-me do Sr. Idino Willig, de origem alemã, e dos filhos Haroldo e Roberto. E com saudade, do Sr. Juca (José Miranda de Carvalho) e Dona Fia, que tinham várias charretes de aluguel, ônibus intermunicipais e que mais tarde construíram o Lux Hotel na Praça dos Macacos. Os filhos Wanda, Vilma, Lena, Rowilson e Vadinho, eram grandes amigos das brincadeiras de rua e da cocheira. Vadinho, em especial, foi certamente o maior amigo que tive na minha infância...

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Comentários »
  • 11/04/2024 às 12h29min

    Olá, muito prazer, sou o Pedro Henrique. Após algumas pesquisas, acabei achando este seu artigo em que conta sobre meu avô, o Roberto Idino Willig. Gostaria de saber se consigo contato com você, para conversarmos mais sobre, venho pesquisando e não acho tantas informações da família e antepassados. Espero seu retorno.

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