c No Dia Internacional da Mulher, celebrado ontem (8), recebi um livro que deve ser lido por todas as mulheres que gostem de Cinema e de reflexões sobre a Sétima Arte. É filme Noir: Femmes Fatales, edição da Versátil Home Vídeo muito bem cuidada, com fotos maravilhosas das estrelas abordadas, um livro daqueles que a gente guarda para curtir sempre, principalmente se for cinéfilo.
Na análise de várias femmes fatales de vários filmes Noir (aquele estilo de cinema em preto-e-branco, influenciado pelo expressionismo alemão, que dominou Hollywood nas décadas de 30 e 40, mas segue influenciando cineastas até hoje), só há mulheres, estudiosas do gênero, cada uma dessas estudiosas se voltando para um filme e uma femme fatale deste mesmo filme. Boa medida, porque é quase certeza que, sob olhares masculinos, as análises teriam outras implicações. Feminismo e empoderamento da mulher são as tônicas dos estudos.
Assim, há análises de mulheres fatais de filmes como Pacto de Sangue, Lágrimas Tardias, Alma em Suplício, Almas Perversas, Nascido Para Matar, A Dama de Shangai, Mortalmente Perigosa e outros.
Tive a sorte de ver a maior parte desses filmes graças à generosidade do amigo Tirso Florence de Biasi, que coleciona filmes da distribuidora Versátil, mas muitos desses filmes podem ainda ser vistos pelo YouTube.
À estudiosa de Cinema de Poços de Caldas, Letícia Magalhães, coube a análise da terrível Diane Tremayne de Alma em Pânico, filme de 1953 em que ela é vivida por Jean Simmons. Com a argúcia habitual em suas análises de filmes, o artigo de Letícia está na página 106 do livro.