FONTE: Fernanda Fernandes da Cruz - [email protected] - FOTO: Reprodução Google
C A aorta é a maior artéria do corpo humano e garante que o sangue bombeado pelo coração seja direcionado para o resto do corpo. Pense que para que o fluxo sanguíneo ocorra normalmente pelo corpo, é preciso que haja uma resistência das veias e artérias, senão, ele acumularia em determinadas regiões. Um exemplo seria a forma como a água que corre pelo encanamento das casas.
Conhecida como aneurisma de aorta, essa doença é caracterizada justamente pelo enfraquecimento e alargamento das paredes das artérias, permitindo que aconteçam acúmulos na região. Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) neste ano mostrou que ao menos 10 pessoas são internadas no Brasil com aneurisma de aorta todos os dias.
“Essa enfermidade atinge, principalmente, homens acima de 65 anos que fumam. A condição é relativamente frequente em adultos com idade superior a 50 anos, sendo uma estimativa de 4 a 7% no sexo masculino, e 1% no feminino”, explica Carlos André Vieira (foto), médico especialista em cirurgia vascular no Hospital Nove de Julho, em São Paulo.
Além disso, o evento mais complexo dessa condição é a ruptura da artéria afetada, causando uma hemorragia interna. Nesses casos, a taxa de mortalidade pode chegar a 97%.
A pesquisa realizada com o auxílio de informações do Ministério da Saúde também evidenciou um aumento nos casos da doença no começo de 2022, em comparação com os anos anteriores. “O tabagismo é o principal fator de risco associado à formação do aneurisma da aorta abdominal. Embora as pessoas fiquem anos sem fumar, existem efeitos que permanecem no corpo por muitos anos e continuam fazendo com que a artéria enfraqueça”, comenta Vieira.