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29/06/2022 às 15h34min - Atualizada em 29/06/2022 às 15h34min

Dor pós-Covid gera preocupação entre médicos

FONTE E FOTO: Alfapress Comunicações - Consultora de Comunicação
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Campinas é referência no tratamento intervencionista da dor e Brasil ocupa o 5º lugar no mundo, segundo a World Institute of Pain.
Brasil possui o título internacional Fellow in Interventional Pain Practice, sendo o 5º colocado em número de certificações, ficando atrás dos EUA, Holanda, Inglaterra e Índia
 
As dores pós-Covid têm preocupado médicos de toda parte do mundo e trazem em discussão as sequelas que ainda estão por vir em pacientes que adquiriram o coronavírus nos últimos anos na pandemia. “A pessoa que teve o Covid passou por uma infecção generalizada causada pelos vírus. Estão surgindo no consultório dores estranhas, dores crônicas e discutimos isso durante o congresso Pain Brazil, com especialistas da Europa, América Latina e América Central”, explica o médico intervencionista da dor, Dr. Fabrício Dias Assis
 
Mas não são só as dores causadas pela Covid que estão preocupando os médicos brasileiros. Segundo um estudo mais recente feito pelo Sinpain, com 400 entrevistados em Campinas (SP), mais de 50% das pessoas sofrem com algum tipo de dor crônica,- as principais são de cabeça e coluna. Seja por algum problema de saúde, esforço físico exagerado ou outro motivo do dia a dia. No estudo, 59% apresentaram dores nas costas nos últimos 12 meses e 48,7% apresentaram dor nas costas várias vezes há mais de um ano; das dores mais relatadas pelos entrevistados 33% são dores de cabeça, 33% dores nas costas, 8,5% dores nas juntas e 10% queimação de estômago. “A dor crônica é definida pela Organização Mundial de Saúde pela dor que dura mais de três meses. Tem pessoas que chegam ao consultório que convivem com a dor há 20 ou 30 anos e nunca procuraram um tratamento, porque não sabem que existe uma intervenção para isso”, explica Dr. Fabrício.   
 
Entre os tratamentos mais inovadores na intervenção da dor estão a medicina regenerativa feita através da células troncos e da neuromodulação pelo implante de eletrodos no gânglio da raiz dorsal, que libera estímulos nos nervos afetados. "Às vezes alguma doença não tem cura, mas existem tratamentos que podemos realizar para proporcionar uma qualidade de vida melhor para aquele paciente, sem nenhuma dor”, concluiu o médico intervencionista da dor.   
 
Congresso Pain Brazil 2022 é o maior da América Latina
 
Todos esses estudos foram apresentados, de 22 a 25 de junho, em Campinas, no Congresso Internacional Multidisciplinar de Dor - Pain Brazil 2022, realizado pela faculdade Sinpain, com mais de 30 médicos internacionais intervencionistas da dor convidados e 600 congressistas da área da saúde.
Segundo o presidente do congresso, Dr. Fabrício Dias Assis, esse foi o maior encontro presencial do ano. “Esse congresso é de suma importância não só para o Brasil, mas para América Latina. Hoje, nós temos aqui os melhores médicos de dor do mundo discutindo sobre todos os tipos de dores”, afirmou Dr. Fabricio. 
 
O primeiro dia foi marcado pela realização de intervenções em 11 pacientes que sofrem com dores na coluna, cabeça, artrose, câncer e outras comorbidades, transmitido ao vivo para o congresso. Foram realizados tratamentos de radiofrequência e implantes de eletrodos medulares e no gânglio da raiz dorsal. Cada procedimento teve um custo médio de R$ 50 mil, entre equipe médica e materiais utilizados, todos realizados de forma gratuita.  
 
A agenda do congresso estava bem completa, com diversas aulas, palestras e debates com informações sobre o cenário da dor em pacientes da Europa, América Latina e América Central.
O tema dores pós-Covid foi discutido no dia 25, através da aula "Covid and Pain: Up to Date", ministrado pelo Dr. Manuel Herrero, da Espanha. O médico trouxe informações sobre os vários tipos de dores que aparecem nos consultórios médicos e que ainda estão em estudo. “Nós, que estamos na linha de frente dos pacientes da dor, presenciamos muitas dores estranhas que têm surgido em pacientes que contraíram o coronavírus nos últimos anos de pandemia”, comenta o Dr. Herrero. 
 
Segundo o presidente do Pain Brazil 2022, Dr. Fabrício Dias Assis, o evento é um marco para a medicina intervencionista da dor na América Latina e surpreende os participantes pela educação de alto nível. 
O Brasil é referência mundial no tratamento intervencionista de dor e possui o título internacional Fellow in Interventional Pain Practice, concedido pelo World Institute of Pain, sendo o 5º colocado em número de certificações, ficando atrás dos EUA, Holanda, Inglaterra e Índia.

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