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15/06/2022 às 14h52min - Atualizada em 15/06/2022 às 14h52min

Só me restam as lembranças e a saudade de um tempo que não volta mais

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Depois de uma caminhada pelo Parque José Affonso Junqueira, estou a caminho da velha estação ferroviária de Poços de Caldas. Atravesso pela pequena ponte que o liga à rua Junqueiras e já estou defronte ao prédio em restauração do Conde de Prates. Mais alguns passos, observo a sede da Guarda Mirim, construída pela Prefeitura em convênio que consegui da FEPASA há mais de 40 anos, quando era o seu presidente. O prédio mostra uma placa indicando que ali funciona um local para a distribuição de fraldas geriátricas produzidas pelo Lions Clube Urânio


 Agora já estou dentro da área destinada aos trens que, na época, ligavam Poços de Caldas a várias cidades de São Paulo. Com 1.423 m2, a área cedida à entidade pela empresa ferroviária paulista foi parcialmente ocupada pelo Xadrez Gigante e pelo Monumento aos Imigrantes Italianos. Vou caminhando lentamente e observo os trilhos da Mogyana, ainda intactos, onde os vagões eram movimentados. Um deles termina rente à parede lateral da Guarda Mirim, protegida por um batente de ferro para que o vagão não encostasse na parede. Nela funcionou por longos anos a garagem do caminhão de entregas da empresa, e em 1983, foi ampliada e transformada pela Prefeitura, na sede da entidade dedicada ao menor carente. 
 
Caminho mais um pouco e encontro um poço redondo com uma viga movediça e os trilhos. Ela suportava a locomotiva que precisava mudar de direção, empurrada por dois funcionários. Esse objeto rudimentar é o Viradouro de locomotivas. Poucos passos adiante está a Caixa D´água, revestida de chapa que alimentava as caldeiras das locomotivas a vapor. O restante da área está há quatro décadas esperando para ser transformada num Centro de Informações Turísticas, cujo projeto do convênio previa a localização de uma locomotiva Maria Fumaça e um Vagão de Passageiros de madeira, que além de serem uma atração turística, funcionariam como receptivo da Secretaria de Turismo, para fornecer impressos e dar informações aos turistas que chegassem à nossa cidade.
 

Agora, sento-me num dos bancos que circundam a quadra de Xadrez e observo pai e filha jogando. Ele, certamente, é bom jogador. Ela, uma criança de pouco mais de 7 anos, que parece gostar dessa atividade. Permaneço ali por algum tempo, cismando. Tanto pai como a filha brincando como duas crianças.
 
Em alguns momentos de reflexão, volto meu pensamento para o início dos anos 78/80, quando ainda tinha vontade e força para fazer alguma coisa de útil à comunidade e lutava com unhas e dentes para conseguir.
Agora, só me restam lembranças e a saudade de um tempo que não volta mais... 

 
 

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