Cada louco com sua mania...
E não é que é?
Que coisa mais chata é a rotina dos normais...
Que coisa mais sufocante são as horas...
Os anoiteceres que não cessam e vão colocando os finais nos dias da gente.
O tic tac do relógio que nunca cansa, mas exaure a quem o percebe e vai se deixando levar pelas rotineiras horas.
De repente a gente se descobre envelhecido e, ainda assim, nada muda, a gente continua escravo da normalidade.
São preceitos, são paradigmas.
Então, nessas alturas da vida, quem sabe um pouquinho de loucura para anarquizar o supostamente correto?
Já que é impossível frear essa coisa, que também é louca, que não tem nome, mas existe e nos impõe a rotina, joguei fora meu relógio, mandei às favas algumas condutas e resolvi ficar louco um pouco.
Nada de medos ou paranoias da velhice.
Nada de realismos.
Prefiro os sonhos e as fantasias.
Prefiro os mundos que invento e o esquecimento do futuro.
Prefiro minhas manias, meus risos e minhas imaginações.
Afinal, eu sou um pouco louco...
Falo comigo mesmo e finjo, o tempo todo, ser feliz!
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