De repente, num momento qualquer da vida,
aos 30, aos 40 ou aos 50 anos de idade, não importa,
apenas de repente,
longe das vozes e dos ruídos costumeiros,
longe das manias e dos vícios que nos condicionam como produtos do nosso meio,
uma voz que não vem de fora,
mas de dentro da gente,
tão rara que chega a ser sublime, ressoa na mente a dizer:
"Por que você não me ouve"?
E nós que vivemos difusos,
distantes de nós mesmos,
condicionados pelo externo que nos empacota nas mesmas expectativas,
não nos atemos à ouvir o EU latente na nossa alma a queixar-se da escuridão que nós o impomos.
Assim, vamos ficando por aí,
flutuando nas superficialidades,
envelhecendo a cada sopro do tempo,
atrás de uma tal felicidade que pode estar bem perto,
repousando no travesseiro,
num cantinho da consciência.
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