Caixa de Vazios

26/02/2025 15h21 - Atualizado há 1 mês

Hoje, despeito do crescimento das obras literárias sendo editadas e publicadas nas páginas virtuais, ainda encontramos autores e editoras que permanecem fiéis às edições físicas dos livros palpáveis e reais.
Assim, recebemos livros e obras que podemos manipular, ler e reler, fazer anotações nas suas páginas e elaborar uma breve resenha.

Vicente Humberto, escritor uberabense, conterrâneo e contemporâneo do grande escritor, pesquisador e editor Guido Bilharinho, nos envia Caixa de Vazios - poesia (Ficções Editora, 2024, São Paulo, SP).

O livro está dividido em três partes, sendo que cada uma delas contém 32 poemas, perfazendo um total de 96 textos bem elaborados e de rápida leitura.
A primeira parte, “Uma árvore quase pronta”, vemos o poeta consolidando o seu caminhar pelo mundo e suas relações com pessoas e lugares.
A segunda parte, sob o título “Fazenda Harmonia”, traz poemas de caráter mais intimista nos quais o poema expõe seus sentimentos pessoais em relação a si próprios e a seus próximos.
A terceira parte, “Sombra Feliz”, nos mostra o autor um pouco pessimista em relação a existência. Um sentimento de inquietude prevalece no conjunto dos poemas revelando uma forte mensagem do vazio que a vida nos reserva.

Do resumo que acompanha o livro, tiramos:

“O ato de fazer poesia para Vicente é um processo visceral, de entrega ao poema, e se iniciou ainda na infância. A poesia tem sido um refúgio, um ponto de fuga de um modo de entender o mundo. Para mim, a poesia é como um ´big bang´ interno, algo que explode de maneira espontânea e precisa ser traduzido em palavras.”

 

Um poema, página 118
Ciclos
Tenho mais fim
Que começo
Nem tudo está
Perdido
Estou vivo
Basta
Todo fim
Começa
Pelo começo

 

Por Hugo Pontes - Professor, poeta e jornalista
E-mail: hugopontes@poços-net.com.br


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