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04/12/2024 às 15h46min - Atualizada em 04/12/2024 às 15h46min

Três artistas de Poços são selecionadas como Agentes Territoriais de Cultura no Programa Nacional dos Comitês de Cultura

FONTE: [email protected] - FOTO: Divulgação
 
A região imediata de Poços de Caldas (MG) celebra um marco importante para sua cena cultural: a seleção de Débora de Oliveira Romano, Gabriela Acerbi Pereira e Danielle Vilas Bôas como Agentes Territoriais de Cultura (ATC), representando a cidade e os municípios vizinhos no Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), uma iniciativa do Ministério da Cultura
A seleção aconteceu através de edital lançado em abril deste ano. A convocação em outubro, e desde então as reuniões de trabalho já vem acontecendo, organizadas pela coordenação dos comitês.
 
O programa é inédito e foi lançado recentemente. Tem como objetivo mobilizar comunidades culturais por todo o país, promovendo a formação em direitos culturais, a elaboração de projetos estratégicos, a valorização da diversidade e o fortalecimento da economia criativa em territórios locais. Com base em princípios de educação popular e combate às desigualdades, o PNCC trabalha diretamente com agentes culturais que já possuem conhecimento das dinâmicas de suas comunidades, como é o caso das três selecionadas. 
 
O que é o PNCC e por que é tão importante? 
O Programa Nacional dos Comitês de Cultura é uma ação estratégica que busca consolidar redes culturais em todo o Brasil, atuando como um espaço de debate, mobilização e articulação entre a sociedade civil, as comunidades artísticas e o Ministério da Cultura. Os Comitês de Cultura atuam como núcleos de apoio, enquanto os Agentes Territoriais de Cultura (ATC) são responsáveis por implementar, de maneira prática, as ações nas bases territoriais. 
Entre as principais atividades dos agentes estão o mapeamento participativo das comunidades culturais, a ampliação da comunicação entre os trabalhadores da cultura e as políticas públicas, e a realização de ações práticas, como oficinas, palestras e eventos que promovam a economia criativa e as cadeias produtivas locais. 
O programa também tem um papel essencial na valorização da diversidade cultural, étnico-racial e regional do país, promovendo uma articulação que dialoga diretamente com a população e dá voz às comunidades mais diversas e plurais do Brasil. 
 
Quem são as agentes

A escolha de Débora Romano, Gabriela Pereira e Danielle Vilas Bôas para representar a região de Poços de Caldas não foi por acaso. Cada uma delas tem uma trajetória marcante no campo cultural, e suas experiências complementam o objetivo do programa de promover transformações significativas nas comunidades. 
Débora de Oliveira Romano é artista e produtora cultural com ampla experiência em gestão de projetos culturais e ações comunitárias. Com forte atuação em Poços de Caldas, Débora é conhecida por sua sensibilidade em trabalhar com diferentes linguagens artísticas e por sua habilidade em engajar comunidades locais, sempre buscando dar visibilidade aos talentos regionais. 
Gabriela Acerbi Pereira tem um histórico voltado à pesquisa e valorização da memória cultural, com trabalhos que conectam arte e educação. Sua formação em Antropologia e sua dedicação em iniciativas que promovem a cultura popular fazem dela uma ponte essencial entre as tradições culturais e as novas gerações. 
Danielle Vilas Bôas é reconhecida por seu trabalho na promoção da diversidade e na articulação de redes culturais na região. Além de artista e produtora, Danielle possui uma sólida experiência em projetos sociais e culturais, e tem se destacado por ações que integram diferentes grupos culturais e promovem o diálogo entre comunidades. 
 
Essas três agentes não apenas conhecem profundamente as especificidades culturais da região, mas também possuem o potencial de conectar as histórias e vozes locais a uma rede nacional, consolidando Poços de Caldas como um polo de referência cultural. 
 
O impacto na região: o que esperar? 
A atuação das agentes promete gerar impactos duradouros em Poços de Caldas e nos municípios vizinhos. Ao longo dos próximos 12 meses, elas desenvolverão Planos de Ação adaptados às realidades e necessidades de cada comunidade cultural, promovendo atividades de formação, capacitação e mobilização social.
Espera-se que as ações das agentes ampliem a visibilidade dos trabalhadores da cultura locais, criem novas oportunidades econômicas por meio da economia criativa e fortaleçam as redes culturais já existentes. A integração com o Ministério da Cultura e os Comitês de Cultura também permitirá que as demandas locais cheguem aos níveis mais altos de formulação de políticas públicas, garantindo uma maior representatividade das vozes regionais.
Além disso, a valorização da diversidade cultural e étnico-racial da região será um dos pilares do trabalho das agentes. A região de Poços de Caldas, que conta com uma rica história cultural e artística, poderá explorar ainda mais seu potencial como um exemplo de integração entre tradições e inovações.
 
Uma rede nacional de cultura

O papel das Agentes Territoriais de Cultura não se limita às ações locais. A área de atuação das agentes abarca Poços de Caldas e mais sete cidades que compõem a região imediata: Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Caldas, Campestre, Ibitiúra de Minas e Santa Rita de Caldas. As ações desta região farão parte de uma grande rede nacional de articulação cultural, colaborando com outros agentes e comitês espalhados pelo país. Essa troca de experiências permitirá que boas práticas sejam compartilhadas, criando um fluxo constante de aprendizado e inspiração entre diferentes territórios. 
Essa conexão nacional também fortalece as comunidades culturais menores, que muitas vezes enfrentam dificuldades para acessar recursos e políticas públicas. Por meio da articulação promovida pelo PNCC, essas comunidades passam a ter voz ativa no cenário cultural brasileiro.
 
Perspectivas para o futuro
O trabalho dos agentes, além de beneficiar diretamente a região para qual foram designados, lança perspectivas promissoras para o futuro da cultura no Brasil. Ao fortalecer as cadeias produtivas locais, promover a formação de novas lideranças culturais e valorizar a diversidade cultural, o programa contribui para uma cultura mais inclusiva e conectada com as realidades dos territórios. 
Importante destacar que em Minas Gerais, além de Belo Horizonte, apenas Poços de Caldas teve mais de um agente selecionado. Este fato destaca o município como potência cultural, e evidencia a altíssima qualidade das propostas apresentadas pelas agentes selecionadas.
A iniciativa demonstra que a cultura, quando tratada como uma política pública estratégica, pode ser um motor de transformação social e econômica. 
 
Para acompanhar as ações das Agentes Territoriais de Cultura e saber mais sobre o PNCC, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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