20/09/2024 às 14h05min - Atualizada em 20/09/2024 às 14h05min

Eduardo Januzzi: conciliando a medicina com a política pelo Partido Novo

FONTE: Wiliam de Oliveira - FOTO: Divulgação
Eduardo Januzzi com o governador de Minas

 
O médico Eduardo Januzzi, hoje candidato a vice-prefeito em Poços de Caldas pelo Partido Novo na chapa de Paulo Ney, tem a política em sua genética. Ele é filho do Dr. Paulo César Januzzi de Carvalho que, apesar de trabalhar na saúde privada ao longo da vida, atuou também como Secretário Municipal de Saúde (1993-1996). Ele também é neto de Sebastião Januzzi, ex-prefeito de Santa Rita de Caldas. “Meu pai e meu falecido e saudoso avô sempre foram gestores públicos muito honestos, comprometidos e éticos e são fontes de inspiração para mim”, afirma Eduardo.
Nessa entrevista concedida ao jornalista Wiliam de Oliveira, você conhece um pouco do Dr. Eduardo Januzzi, que assim como o pai, busca conciliar a medicina com a vida pública.
 
Você é médico com carreira já consolidada. O que o fez ingressar na política?
São vários os caminhos que me levaram à política. Do ponto de vista pessoal, fiz minha formação em medicina em uma universidade federal, fiz residência médica na USP/São Paulo, ou seja, instituições públicas, e isto me fez conhecer e atender às famílias mais necessitadas. Porém, a gente percebe que precisa fazer muito mais. Você começa a ficar indignado com as notícias que vêm da capital federal, a má gestão do dinheiro público, a corrupção, e percebe que não basta ficar indignado, mas é preciso arregaçar as mangas para tentar mudar esse cenário e, por isso, em 2018 resolvi ingressar no Partido Novo. Agora tenho a oportunidade de colocar em prática o que aprendi nesses anos no atendimento à saúde pública no município, sendo candidato a vice-prefeito junto a pessoas sérias, comprometidas com a cidade, como amigo Paulo Ney e o prefeito Sérgio Azevedo e, se a população nos permitir esse privilégio, auxiliar a cidade a continuar crescendo, não apenas na saúde, mas em todos os outros setores.
 
Por que resolveu filiar-se ao Partido Novo?
Foi, como se diz, “amor à primeira vista”. Um partido sintonizado com o que penso, a defesa da liberdade, o combate à corrupção, o respeito ao dinheiro público, e mais do que tudo o que o Novo prega, é você ter no partido, exemplos de conduta, como o deputado federal Marcel Van Hattem, o grande jurista Deltan Dallagnol, que comandou a Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção da história do Brasil, o nosso governador Romeu Zema, que são inspirações de homens públicos que defendem os mesmos princípios meus, e tenho certeza que os candidatos a vereador pelo Novo também seguem a mesma cartilha.
 
Quais os motivos para ser candidato a vice-prefeito na chapa do Paulo Ney?
Eu ingressei na política não para ser, necessariamente, candidato a um cargo eletivo. Mas, quando veio o convite de uma pessoa como o Paulo Ney, um amigo que tenho há mais de 30 anos, um cara sério, honesto e que tem experiência, conhecimento e capacidade, que trabalhou em uma das melhores gestões que a cidade já teve, penso que não poderia perder a oportunidade de “entrar pela porta da frente” na prefeitura. Além de tudo isso, embora seja de outro partido, tem as mesmas ideias que o Partido Novo defende.
 
Caso eleito, como imagina exercer sua função na prefeitura?
Pretendo exercer a função, como sempre fiz em minha vida. Primeiramente, como tudo que consegui em minha vida, com muita dedicação, estudo e vontade de acertar. Verdadeiramente, ao longo dos anos, eu vim me preparando com o meu trabalho de anos na saúde pública, um setor que espelha a realidade das pessoas. Tive uma experiência de gestão no período da pandemia, em que geri um Pronto Socorro inteiro em meio a uma calamidade, momento que precisamos muito de recursos físicos e materiais e assim, fui me capacitando. Fiz todos os cursos que o Partido Novo oferece na área da gestão pública, pois o partido exige essa capacitação, para que, sem falsa modéstia, eu possa dizer que reúno as condições necessárias para, ouvindo o que a população precisa, definir prioridades e tomar as decisões, junto do Paulo Ney e fazermos o melhor por Poços de Caldas.
 
Qual o principal desafio de Poços de Caldas?
São muitos os desafios para uma cidade que cresce e que vem melhorando a cada dia. Uma questão que não fazia parte das preocupações dos poços-caldense e hoje é uma realidade, é o transito, a nossa mobilidade urbana e que merecerá toda a nossa atenção com medidas que estão no nosso plano de governo.
A cidade virou turística e, ao mesmo tempo, empresarial, sendo polo de atração para muita gente e assim, temos que fornecer ferramentas em todas as áreas, buscando atender a todos, prioritariamente na saúde e na educação. A saúde, comparativamente a outras cidades, vai muito bem, mas é uma área dinâmica e a todo momento, uma nova situação aparece e precisamos resolver. Para isso, ideias como o Novo defende de parcerias público-privadas, de concessões, podem nos auxiliar muito. Mas, a área que precisará também muito de nossa atenção e é prioridade em nosso plano de governo é a Educação, que não se muda de uma hora para outra e que necessita de ações de médio a longo prazo, e que temos muito que melhorar para nos tornarmos efetivamente uma cidade referência nesse setor.
 
O que precisa melhorar na Saúde em Poços?
A saúde em Poços funciona relativamente bem. A atenção primária é bem coberta e a cidade está em uma das primeiras colocações no Estado, assim como os serviços de emergência e terciários com parcerias como temos com o Hospital Santa Lúcia, Santa Casa. Precisamos é acelerar os exames, as cirurgias eletivas, o atendimento às especialidades e, para isso, precisamos melhorar nosso sistema de gestão, utilizar a tecnologia para saber onde estão os pacientes, monitorá-los e utilizar a iniciativa privada como aliada para reduzir ainda mais as filas, pois o nosso objetivo é a melhoria contínua.
 
Qual a sua análise do programa “Fila Zero”?
Foi um programa pontual em decorrência da pandemia, quando todos os procedimentos e exames seletivos foram cancelados, não apenas no sistema público, mas no particular, e auxiliou muito a população e que temos que pensar em usá-lo continuamente. O “Fila Zero” funcionou e os números comprovam, pois 92% dos exames e das cirurgias eletivas represadas na pandemia foram realizados. Como cardiologista, fizemos as ablações, que são procedimentos para curar arritmias que nem eram contempladas no SUS em Poços e que, mesmo assim, a prefeitura, pela dificuldade de marcar em outras cidades, contratou o serviço no Hospital Santa Lúcia, e lá foram feitas mais de vinte oblações, resolvendo o problema dos pacientes.
 
Sua opinião sobre o “Hospital do Câncer” em Poços
Quando me formei em 2008, eu já ouvia falar que Poços iria construir o “Hospital do Câncer” e isso nunca aconteceu, e agora é uma realidade. Você passa em frente à Santa Casa, a obra já está no quarto andar e deverá ser inaugurada no primeiro ano de nossa gestão, se a população aprovar a nossa chapa. É uma obra fundamental e agora que está quase pronto, algumas pessoas fazem críticas políticas, pois não querem reconhecer que o desafio foi vencido nessa gestão e nem pensam nos pacientes que estão passando por essa doença e necessitam fazer sua quimioterapia, possam realizar seus exames para ver qual o estágio da doença. A localização é estratégica, pois fica em frente à Santa Casa, onde funciona o atendimento do SUS.  Essa obra é essencial para Poços e região.
 
É favorável ao convênio do município com a Santa Casa de Misericórdia de Salto de Pirapora (SP)?
Eu vejo muito positivamente convênios na área da saúde com o setor privado, porque na saúde o tempo é muito precioso e precisamos de agilidade e as próprias leis para contratação de qualquer serviço, burocratizam o processo e a gente não consegue contratar na velocidade que é necessário. Esse contrato ajustou muita coisa. Hoje temos um atendimento de qualidade na UPA, temos o Margarita Morales com ótima assistência, o próprio Pronto Atendimento Infantil, os próprios PSF´s onde não faltam médicos, o que antes era um problema - pois para contratar um médico gastávamos mais de 90 dias e o Posto de Saúde ficava sem atendimento. Como todo contrato tem uma validade e precisa ser permanentemente avaliado para saber se está atendendo a essa agilidade e qualidade que se pretende levar a população e se isso não acontecer, procurar outros parceiros, mas a ideia dos convênios deve ser estimulada.
 
Quais as áreas terão prioridade no plano de governo seu e do Paulo Ney?
Saúde é prioridade para as pessoas, pois é matéria-prima para todas as outras áreas, e o nosso governo é para as pessoas, pois, se o cidadão está com problemas de visão, a prioridade dele é o oftalmologista. Se tem problemas dentários, precisa de um dentista. Se sofreu um infarto, a prioridade é ir para o hospital e obter rapidamente uma vaga para ser tratado. Se precisa de atendimento básico e não tem um posto de saúde próximo da sua casa, isso se torna prioritário. Se for bem atendido, mas não recebe o remédio, isso passa a ser prioridade. Por tudo, precisamos utilizar todos os nossos instrumentos e recursos para que a saúde de todos seja cuidada e preservada e assim, poderemos priorizar outras áreas importantes como a educação, a segurança e a infraestrutura.

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