Encontrar-se, sem subterfúgios, com a própria consciência; descobrir-se, sem falseio, diante de conceitos amadurecidos; deparar-se enfim, com o conhecimento de si mesmo, é como atingir o limiar da maturidade. Um tempo quando se chega à conclusão do peso de ingerências acumuladas a ocupar espaços indevidos, timbrando sinais inquietantes, oportunistas, malquistos aos sentimentos.
Maturidade é um tempo que se alcança com o autoconhecimento, o qual permite aos pensamentos a limpeza de seus cômodos, rechaçando objetos inúteis, conceitos inúteis, falácias inúteis ou pejorativas.
Maturidade é um tempo de silenciar-se diante de burburinhos intermináveis, de distanciar-se de situações extremistas, da irracionalidade que se acumula no fanatismo.
Maturidade é o balanço comportamental entre a razão e a emoção, e ainda que ambas se misturem eventualmente, que elas sejam na intimidade do indivíduo, não na convulsão de paradigmas defeituosos.
Maturidade, enfim, é o arejamento de espaços, outrora entulhado de coisas, para enchê-los de levezas.
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