Quantas aparências têm a alegria?
Debruçado aqui no meu terracinho a observar mais um escurecer, eu que estive o dia todo em meu escritório, abstraído pelo trabalho, de repente, às sombras da noite, eu me deparei com esta pergunta: “que outras aparências têm a alegria?”
Noutros tempos, a alegria me era tão próxima que eu sempre a via com sua carinha amiga, com a mesma aparência. Aparência de alegria.
Os tempos mudaram.
Aquela alegria desapareceu.
Nunca mais a vi.
Eu me perdi por um tempo tentando encontrá-la.
Embruteci-me um pouco fugindo às minhas características.
De certa maneira foi bom.
Consegui rechaçar a tristeza que não dava trégua.
Então, nem uma coisa e nem outra.
Apenas o vazio.
Acabei adotando o amanhecer como minha janela preferida.
É por ela que fico a observar o novo e, de repente até quem sabe, perceber a resposta.
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