Quando o amor foi embora, inapelavelmente, o vazio que ficou em mim se encheu de estranhezas. Eu não me entendia. Eu perdi meu inteiro. Fiquei meio. E o calor que havia em mim, foi se tornando morno, na evidência de que esfriaria. E esfriou.
Faz tempo que eu não sinto o amor. Eu o encontrei um dia. Como disse o poetinha: "Foi eterno enquanto durou". A vida achou por bem terminar.
No meu tempo de estranheza, cometi erros. Descobri que não se procura o amor. Resolvi arrancar de mim as estranhezas e me enchi de boas lembranças. Como elas me fazem bem! Numa esquina já distante do burburinho, havia uma placa que a nominava: Chamava-se 79. Minha esquina, pensei. Sorri.
Não estou vazio. Quero amigos e quero amigas para sorrirmos de nós mesmos e lembrarmos de nós, sem procuras, apenas deixando a vida acontecer. A amizade também aquece, não cobra, não briga, apenas gosta!
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