13/06/2024 às 15h42min - Atualizada em 13/06/2024 às 15h42min
VLI inaugura Estação de Memórias de São João del-Rei e Tiradentes
FONTE E FOTO: InPress Porter Novelli - Daniela Galvao - [email protected]
O objetivo da iniciativa é contar a história da ferrovia, que faz parte do patrimônio local
Para preservar a memória ferroviária, que faz parte do patrimônio material e imaterial de diversos municípios, e também criar espaços para que as novas gerações conheçam a história da ferrovia, a VLI - administradora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) -, em parceria com a AIC - Agência de Iniciativas Cidadãs e os escritórios regionais do IPHAN em São João del-Rei e Tiradentes (Campo das Vertentes) e comunidade, inaugurou hoje, 13 de junho, o Estação de Memórias de São João del-Rei e de Tiradentes, em cerimônia conjunta. As exposições, que estão instaladas na Estação de São João del-Rei - localizada na rua Hermílio Alves, 366, centro da cidade - e na Estação Tiradentes - situada na rua Capitão Chaves Miranda, 2 - serão abertas à visitação pública na sexta-feira (14).
Em São João del-Rei as visitas poderão ser feitas de quarta a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos, das 8h às 12h. Por sua vez, em Tiradentes, o funcionamento do Estação de Memórias será de quinta a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos também das 8h às 12h.
O Programa Estação de Memórias reconta o passado, a partir de um processo de cocriação com as comunidades. Encontros e entrevistas identificam casos, lembranças e histórias de quem vivenciou o vaivém dos trens. Esse conteúdo é transformado em espaços expositivos, montados na estação.
Para a gerente de Responsabilidade Social da VLI, Maria Clara Fernandes, preservar as histórias para a presente e futuras gerações faz parte do compromisso da companhia de deixar legado e compartilhar valor com a sociedade. “Ao resgatar e preservar a memória ferroviária, reforçamos o conceito de que, para pensar no futuro, é preciso valorizar o passado. A VLI se orgulha de estar em São João del-Rei e em Tiradentes, bem como por fazer parte da história do município, profundamente entrelaçada à atividade ferroviária”, destaca.
HISTÓRIA - Tanto em São João del-Rei quanto em Tiradentes, o programa conta as histórias que rodeiam a ferrovia desde a inauguração das primeiras estações de trem nestas cidades, em 1881. A presença de povos indígenas, negros e imigrantes na região, a chegada da Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM), a paixão dos ferroviários pelo trem, as transformações na economia local e a vida no entorno das estações são alguns dos temas abordados.
Para contar todas essas memórias ferroviárias, as expografias contam com itens variados, como jogo da memória interativo, mini réplica de telégrafo, mapa ilustrado, linha do tempo, objetos cenográficos e históricos, histórias em áudio, pílulas em vídeo e personagens inspirados em figuras históricas.
A pesquisa em São João del-Rei incluiu a identificação de 181 fotografias, além de 12 objetos e documentos históricos. Ao todo, ao longo de 12 meses, foram realizadas 18 entrevistas em áudio e quatro oficinas colaborativas, que contaram com a participação de quase 50 voluntários.
Já em Tiradentes, a pesquisa colheu 135 fotografias, além de seis objetos e documentos históricos. A expografia foi construída de forma colaborativa ao longo de 11 meses e teve a participação de cerca de 40 voluntários em três oficinas. Ao todo foram feitas 26 entrevistas.
A coordenadora técnica do programa pela AIC, Gislaine Gonçalves, afirma que São João del-Rei teve sua dinâmica econômica, política e social bastante modificada pela chegada da ferrovia. “O tempo na ‘Cidade dos Sinos’ passou a ser regido, também, pelo apito da Maria Fumaça, máquina que recebeu muito carinho não só por parte dos ferroviários, como também da população. A relação dos são-joanenses com a ferrovia é marcada pelo afeto, e buscamos expressá-la nesta exposição.”
Segundo ela, em Tiradentes os laços estabelecidos entre a população e o trem de ferro são muito fortes. “Várias histórias de vida se entrelaçam a da ferrovia e, por isso, a população se mobilizou para que este patrimônio cultural fosse preservado. Nos relatos, é perceptível a relação entre o trem e a identidade tiradentina”.
BALANÇO - Nos últimos anos, a VLI investiu mais de R$ 10 milhões na preservação da memória ferroviária. Em 2023, a companhia investiu mais de R$ 2,4 milhões no resgate da memória ferroviária, com um conjunto de ações de fortalecimento dos acervos de estações ferroviárias de importância histórica e de promoção da cultura das comunidades. Para este ano de 2024, serão investidos R$ 2,4 milhões no projeto. O investimento é realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Para mais informações, acesse: https://www.vli-logistica.com.br/