13/06/2024 às 15h31min - Atualizada em 13/06/2024 às 15h31min

Carta para Luna

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Eu andei colhendo rosas
Intimamentre.
Inalei seus perfumes inebriantes
Continuamente.
Eu andei pensando em anjos
Em céus infindos.
Absorvi suas essências
Em sentimentos lindos.
Eu tentei pegar a trilha que vi nos sonhos
Pétalas de rosa forrando o chão
Perfume de rosa perfumando a mão
Emoção no peito
Sem entender direito
O angelical risonho
O sonho.
 
Eu andei pensando em Deus
A toda hora.
Eu O procurei feito louco
Do lado de fora.
Eu queria dizer do meu
Encantamento
Por ter colhido rosas
Em pensamento.
Por ter inalado seus perfumes
Por ter sonhado com anjos.
E sem me aperceber
Distraidamente
Eu O encontrei do lado de dentro
Tranquilamente.
 
Eu vislumbrei um lirial de sonhos
A pureza que a paz emana.
E aquela luz que diviniza tudo
Passeava ali
Serenamente.
Eu chorei enfim
Ao compreender
Que da pureza do lirial
Flui a luz angelical
Que na similitude da luz divina
Embora pequena luz ainda
Ela se inclina
E mira meu coração.
 
Estendo então os meus braços
No abraço que há muito espera.
E das rosas que tenho colhido
Dos perfumes que tenha inalado
Dos sonhos que tenho sonhado
E dos lírios que vislumbrei
Faço um tapete de amor
Cravejado de esplendor
A ser banhado pela lua
Só pra você chegar
Minha querida Luna
Nascida de um sonho
De um lirial risonho
Para nos completar
E nos ensinar
A nós que vivemos ao léu
Esse Amor
Que vem do céu.
 
 
Há 17 anos, na expectativa da chegada de minha primeira netinha, Luna, escrevi esta carta a ela. Feliz aniversário, minha querida! O vovô de ama!





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