Eu andei colhendo rosas Intimamentre. Inalei seus perfumes inebriantes Continuamente. Eu andei pensando em anjos Em céus infindos. Absorvi suas essências Em sentimentos lindos. Eu tentei pegar a trilha que vi nos sonhos Pétalas de rosa forrando o chão Perfume de rosa perfumando a mão Emoção no peito Sem entender direito O angelical risonho O sonho.
Eu andei pensando em Deus A toda hora. Eu O procurei feito louco Do lado de fora. Eu queria dizer do meu Encantamento Por ter colhido rosas Em pensamento. Por ter inalado seus perfumes Por ter sonhado com anjos. E sem me aperceber Distraidamente Eu O encontrei do lado de dentro Tranquilamente.
Eu vislumbrei um lirial de sonhos A pureza que a paz emana. E aquela luz que diviniza tudo Passeava ali Serenamente. Eu chorei enfim Ao compreender Que da pureza do lirial Flui a luz angelical Que na similitude da luz divina Embora pequena luz ainda Ela se inclina E mira meu coração.
Estendo então os meus braços No abraço que há muito espera. E das rosas que tenho colhido Dos perfumes que tenha inalado Dos sonhos que tenho sonhado E dos lírios que vislumbrei Faço um tapete de amor Cravejado de esplendor A ser banhado pela lua Só pra você chegar Minha querida Luna Nascida de um sonho De um lirial risonho Para nos completar E nos ensinar A nós que vivemos ao léu Esse Amor Que vem do céu.
Há 17 anos, na expectativa da chegada de minha primeira netinha, Luna, escrevi esta carta a ela. Feliz aniversário, minha querida! O vovô de ama!
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