No ano de 2023, segundo pesquisas realizadas pela Câmara Brasileira do Livro e pelo Sindicato Nacional dos Editores, a venda de livros caiu 8% em relação ao ano de 2022. Com isso, o preço médio dos títulos aumentou 8% para que as editoras compensassem o pouco desempenho da economia brasileira.
A queda nas vendas foi influenciada por inúmeros fatores, como a mudanças nos hábitos de leitura, aumento da concorrência de outras formas de entretenimento, o alto custo do papel, ou as crises econômicas que interferem no poder de compra e, por certo, as editoras, que enfrentam dificuldades financeiras, uma vez que dependem das vendas para gerar receita e continuar em atividade.
Para compensar a queda nos lucros, as editoras são forçadas a aumentar o preço dos livros. Isso pode ser uma estratégia para tentar equilibrar as contas, garantindo que cada venda gere uma margem de lucro suficiente para sustentar a empresa. No entanto, o aumento pode tornar o produto menos acessíveis aos consumidores, o que por sua vez leva a uma redução ainda maior nas vendas.
Para lidar com esse cenário desafiador, as editoras procuram novas estratégias de “marketing”, investindo em formatos alternativos de publicação (como e-books) ou diversificar seu catálogo para atrair diferentes segmentos de público. Além disso, é importante que o setor editorial esteja atento às mudanças no mercado e seja ágil na adaptação a essas transformações para garantir sua sustentabilidade a médio e longo prazos.
Tenho 13 títulos disponibilizados na Amazon Kindle e não penso, assim como outros escritores com os quais tenho trocado informações, em publicar o mais o livro físico.
Por Hugo Pontes - Professor, poeta e jornalista E-mail: [email protected]