Livrarias estão também sumindo de nossa cidade?

Por Odair Camillo - Jornalista
27/06/2023 16h04 - Atualizado em 27/06/2023 às 16h04
Livrarias estão também sumindo de nossa cidade?
Livraria Centenária, em Poços, encerrou suas atividades em junho de 2022. Antes, promoveu uma mega promoção de livros de vários títulos e todos os estilos - Foto: Brand-News
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Inaugurada em 1969 por Eva Herz, a Livraria Cultura, uma das mais tradicionais de São Paulo, fechou suas portas ontem, dia 26, no Conjunto Nacional na Avenida Paulista, após a decretação de falência, cumprindo uma ordem de despejo. Agora, a icônica livraria ficou apenas com uma loja física em Porto Alegre (RS), e mantém suas operações pelos canais digitais.
 
Infelizmente, notícias como esta deixa-nos apreensivos, já que a leitura estimula as pessoas quanto a seu aprimoramento e a capacidade interpretativa, o raciocínio, a criatividade e o senso crítico.
A escrita, e obviamente a leitura, foi um dos passos mais importantes para a evolução da humanidade, tornando-se o principal meio de absorção de conhecimento no mundo. A redução dessa atividade traz, consequentemente, o declínio e a fragilidade de um povo. A leitura desenvolve a criatividade, a imaginação, a comunicação, o senso crítico, e amplia a habilidade na escrita.
 
Essa crise editorial por que passa nosso país, acabou refletindo em nossa cidade, que ao longo dos anos vem perdendo suas livrarias e pontos de encontros literários.
Lembro-me que ao assumir a presidência da Academia Poços-Caldense de Letras, consegui uma parceria com a Agência Centenária, localizada num ponto estratégico da praça Pedro Sanches, uma prateleira inteira com livros e publicações literárias dos acadêmicos que tinham sua obra publicada, e de outros escritores que se destacaram no passado, contando fatos e histórias relevantes de nossa cidade.
 
Agora, o que percebo é a existência de bancas de jornais vendendo quase tudo, desde água mineral a jogos de loteria, verdadeiras lojas comerciais, menos os jornais e revistas que também desapareceram, além dos tão importantes livros editados por alguns escritores locais, e nacionais. É a crise que chegou, num país tão rico e poderoso.


 
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