11/05/2023 às 15h58min - Atualizada em 11/05/2023 às 15h58min

Medicamento em fase final de testes pode retardar o Alzheimer em até 35%

FONTE: MF Press Global Gestão geral - [email protected] - FOTOS: Divulgação / MF Press Global
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Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, o novo medicamento é uma esperança, mas cuidados preventivos ainda são os mais importantes
 
O Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais temidas, marcado por sintomas que afetam a memória e outras funções cognitivas, como a linguagem e o pensamento abstrato. Mais comum em idosos, a doença não tem cura - no entanto, um novo medicamento, já em fase final de testes, promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O medicamento experimental é desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly and Co e tem apresentado ótimos resultados, podendo retardar o declínio cognitivo relacionado à doença de Alzheimer em até 35%.
 
De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o novo medicamento pode trazer diversos benefícios para os pacientes com a doença, mas os cuidados preventivos ainda são a melhor opção.
As perspectivas são bastante favoráveis para esse novo medicamento e é sempre de fundamental importância que novas pesquisas sejam desenvolvidas na área, mas nenhum deles é 100% eficaz, por isso a prevenção ainda é a melhor arma contra o Alzheimer”, diz.
 
Manter hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas, uma dieta equilibrada, dormir adequadamente, ler livros e realizar treinamentos mentais com jogos de lógica que estimulem a neuroplasticidade, todos esses são investimentos na sua saúde para prevenir não só o Alzheimer, como uma série de outras doenças neurodegenerativas”, afirma Dr. Fabiano.
 
O QUE É O ALZHEIMER? - O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, ou seja, nela ocorre a perda progressiva de funções cerebrais devido à degeneração do tecido do cérebro. Ainda não se entende totalmente as causas da doença, mas sabe-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e estilo de vida colaboram para o seu desenvolvimento”.
 
A degeneração de algumas partes do cérebro faz com que a ação dos neurotransmissores, como a acetilcolina e noradrenalina, seja prejudicada, afetando a comunicação entre as células nervosas, o que dificulta a realização de algumas atividades e impacta em habilidades, como memória, concentração e aprendizado”, afirma.
 
Segundo ele, o Alzheimer começa no tronco cerebral, mais especificamente numa área denominada núcleo dorsal da rafe, e não no córtex, que é o centro do processamento de informações e armazenamento da memória, como tradicionalmente a medicina postula.
 
Os desequilíbrios no cérebro que dão início ao Alzheimer estão ligados às proteínas tau e beta-amiloide que não são adequadamente dobradas, o que estimula a progressão da doença, causando, também, inflamações no cérebro. Durante essa evolução, o hipocampo, área do cérebro relacionada ao aprendizado e formação de novas memórias, geralmente é a primeira região afetada pelo Alzheimer, causando as características perdas de memória e dificuldade em guardar novas informações”, explica.
 
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História, é também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society.

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