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18/01/2023 às 13h23min - Atualizada em 18/01/2023 às 13h23min

Entenda o que são os raios negros que podem tocar passageiros em aviões

FONTE: MF Press Global Gestão geral [email protected] - FOTOS: Reprodução Google / Arquivo Pessoal
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Explosões de radiação gama podem atingir passageiros em voos e ciência ainda tenta explicar o fenômeno
 
Fenômenos físicos ocorrem mundialmente a todo momento, mas poucos são tão misteriosos quanto os raios negros, também conhecidos como relâmpagos escuros, considerados a radiação mais energética produzida de forma natural pela Terra.
 
Cientistas ainda tentam explicar totalmente o fenômeno, mas de acordo com o AGU - American Geophysical Union, associação internacional que tem como objetivo promover descobertas sobre a Terra e o espaço, os raios podem expor passageiros em voos momentaneamente a níveis não seguros de radiação.
 
De acordo com o cientista atmosférico Mélody Pallu, o fenômeno dos raios negros ocorre em altitudes de 10 a 15 quilômetros, a altitude normalmente utilizada por companhias para rotas aéreas. Segundo o cientista, se um voo ocorrer a uma distância menor que 200 metros do ponto onde se iniciaram os raios, os passageiros ficam expostos a cerca de 0,3 sieverts, superando o nível considerado seguro de 0,2 sieverts por ano.
 
Ainda de acordo com Pallu, a exposição a raios escuros próximo a voos ocorreria cerca de uma vez a cada quatro anos.
 
Segundo o Pós PhD neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela (foto), a exposição excessiva a raios gama pode gerar uma série de problemas no organismo, em especial no cérebro.
 
A radiação gama já é usada na realização de cirurgias minimamente invasivas, mas se essa exposição não for feita de forma controlada e superar os limites considerados seguros para um ano inteiro pode acabar gerando a morte de células e estimular o surgimento de tumores,” alerta.
 
A exposição à radiação pode causar uma série de problemas no cérebro, como aumentar o risco de câncer na região da cabeça e morte neuronal, que pode desencadear doenças neurodegenerativas, além de causar alterações nas ondas cerebrais. Por isso, é fundamental que sejam realizados maiores estudos sobre esse fenômeno para determinar a frequência com que ele ocorre e os efeitos a longo prazo na saúde dos passageiros afetados, ressalta Dr. Fabiano.
 
O fenômeno foi observado pela primeira vez em 1994 e, segundo pesquisadores, os raios negros possuem relação com tempestades e relâmpagos que geram campos elétricos capazes de estimular elétrons a se movimentarem rapidamente, causando colisões com as molecular do ar, gerando assim os raios gama.

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