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23/11/2022 às 15h22min - Atualizada em 23/11/2022 às 15h22min

A importância de uma parentalidade positiva e consciente para o desenvolvimento saudável das crianças

FONTE: Dra. Tatiane Toledo - FOTOS: Oficinas de Parentalidade - Uberaba/MG
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Pais informados e participativos na educação de seus filhos, tornam as crianças mais confiantes, fortalecendo o apego seguro. Este processo precisa ser contínuo, especialmente em situações de ruptura de relacionamentos e em fase de reorganização familiar
 
Parentalidade: alguns dicionários a definem como a “qualidade do que é parental; estado ou condição de quem é pai ou mãe”. A PSICOLOGIA designa a PARENTALIDADE como o conjunto de modos de ser e de viver o fato parental (de ser pai e de ser mãe). Um processo que engloba as diferentes dimensões da função parental, material, psicológica, moral, cultural e social.
 
Na estrutura organizacional da família contemporânea, as funções parentais não são tão visíveis como eram na chamada ordem tradicional. Ainda assim, independente da estrutura familiar, a PARENTALIDADE positiva e consciente, com pais informados e participativos na educação de seus filhos, torna as crianças mais confiantes, fortalecendo o apego seguro. Este processo precisa ser contínuo, especialmente em situações de ruptura de relacionamentos e em fase de reorganização familiar. Nestes processos observam-se condutas e/ou atitudes dos genitores no sentido de acirrar os conflitos existentes entre eles, envolvendo e prejudicando os próprios filhos. Muitas insatisfações e inquietações pessoais dos pais são projetadas em seus comportamentos com relação aos seus filhos, principalmente os menores de idade, iniciando o processo de alienação parental.
 
No processo de alienação parental, que geralmente tem início após o divórcio, um dos genitores desqualifica ou desmoraliza o ex-parceiro para/e na frente dos filhos, realizando uma ‘lavagem ou programação cerebral’ contra o mesmo, fazendo com que o filho passe a rejeitá-lo e, até mesmo, temê-lo. Esta situação, considerada um tipo de abuso emocional, pode ter sérias consequências psíquicas, podendo gerar inclusive distúrbios psicopatológicos nos envolvidos.
 
Com um número expressivo de divórcios no Brasil e no mundo, entram em cena novas formas de se pensar e repensar a família, saindo do modelo nuclear tradicional (pai, mãe e filhos), para modelos modificados a partir da necessidade afetiva e social de cada indivíduo (pai e filhos; mãe e filhos; dois pais e filhos, e tantos outros). E este será o tema do bate-papo desta quarta-feira, 23 de novembro, entre a Dra. Tatiane Toledo e sua convidada Dra. Luciana Maria da Silva, no quadro Momento CIENTIFIQUE. A live poderá ser acompanhada a partir das 19h07, nos perfis no Instagram da CIENTIFIQUE - educação e ciência comunicada (www.instagram.com/quevocecientifique) e da Oficinas de Parentalidade (www.instagram.com/oficinasdeparentalidade).
 
O Programa “Oficinas de Parentalidade”, apoiado e acompanhado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é um programa educacional interdisciplinar para casais em fase de ruptura do relacionamento e com filhos menores, buscando instrumentalizar estas famílias para um menor dano emocional a todos os envolvidos. O programa tem um viés educacional e preventivo, e não terapêutico. O objetivo é transmitir técnicas apropriadas de comunicação na família, ensinamentos a respeito das consequências que os conflitos proporcionam aos filhos e informações legais sobre alienação parental, guarda, visitas e alimentos, busca-se auxiliar os pais e os filhos (adolescentes e crianças) no enfrentamento desses processos e suas consequências.
 
No Brasil teve início em 2013 na Comarca de São Vicente/SP com o nome de “Oficinas de Pais e Filhos”, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Em Minas Gerais, a implantação na Comarca de Uberaba-MG em setembro de 2014 foi a segunda experiência no Estado e a primeira no interior. A intenção do CNJ é que o mesmo tenha abrangência nacional.
O Programa apoia-se na literatura quanto aos efeitos do divórcio e a importância dos pais e demais membros da família na busca por maneiras saudáveis de lidar com o término do casamento. Também, na experiência de outros países como Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia, Inglaterra e Portugal, na execução de programas educacionais voltados às pessoas em fase de reorganização familiar.
 
Para a Dra. Luciana Maria da Silva, psicóloga, Mestre e Doutora em Psicobiologia, e coordenadora do programa Oficina de Parentalidade na cidade de Uberaba/MG, junto à Universidade Federal do Triângulo Mineiro, atuar nesse projeto é uma enorme satisfação na sua carreira. “Sua relevância e responsabilidade social contribui sobremaneira para a efetivação de medidas legais de proteção à criança e ao adolescente. Além disso, constitui-se como um amplo campo de aprendizagem, ensino e pesquisa para doscentes, discentes e profissionais envolvidos na equipe interdisciplinar”, disse Dra. Luciana.
 
O Programa de parceria interinstitucional entre a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a Universidade de Uberaba (UNIUBE) e a 8ª Promotoria da Comarca de Uberaba/MG foi um dos vencedores do Prêmio CNMP 2017 do Conselho Nacional do Ministério Público na Categoria Unidade e Eficiência da Atuação Institucional e Operacional, trazendo reconhecimento nacional ao trabalho desenvolvido por todos os colaboradores das oficinas.
 


 
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O quadro Momento CIENTIFIQUE, que ocorre na forma de lives semanais no Instagram da CIENTIFIQUE – educação e ciência comunicada, é uma iniciativa voluntária de divulgação científica conduzida pela Jornalista Científica Tatiane Toledo (Farmacêutica bioquímica, Mestre em Genética, Doutora em Biologia Celular e Molecular, Diretora da CIENTIFIQUE).
 
“Recebo especialistas e pesquisadores brasileiros, atuando aqui ou no exterior, para um bate-papo. Uma via de mão dupla. Levamos informação de qualidade às pessoas, e abrimos uma janela para aumentar a visibilidade destes profissionais para além dos muros das Universidades e Centros de Pesquisa, principalmente. O Universo Ciência ao alcance de todos. Afinal, todos nós fazemos parte dele”, diz Tatiane Toledo.
 
 
Fonte: DA SILVA, Luciana Maria et al. Oficinas de Parentalidade. Participação, n. 27, p. 18-26, 2015.

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