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22/09/2022 às 14h39min - Atualizada em 22/09/2022 às 14h39min

Saiba quando a dor de cabeça pode ser sinal de problema odontológico

FONTE E FOTO: Ideal H+K Strategies
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Especialista da Pitágoras explica consequências da mastigação incorreta
 
Ocasionada por estresse, sono irregular, alimentação inadequada, infecções e diversos outros fatores, a dor de cabeça é frequente na vida de muitas pessoas. Entretanto, apesar de menos associado, o incômodo também pode ser originado por problemas odontológicos. Estalos no ouvido ao abrir e fechar a boca e dores frequentes na articulação da mandíbula, além da cefaleia, podem ser indícios do Distúrbio da Articulação Temporomandibular (DTM) ou mordida errada. Este mecanismo funciona como uma comunicação entre a mandíbula e o crânio, responsável pelos movimentos da boca e da face; quando há desequilíbrio neste sistema ocorre a DTM. 
 
“O ideal é que os dentes, músculos e articulações faciais se movimentam em simetria, sem que um afete o funcionamento do outro. Quando ocorre harmonia entre esses elementos, a mordida e outros funções como a fala, respiração, mastigação e deglutição não sofrem alteração”, explica a dentista e coordenadora do curso de Odontologia da Pitágoras, Ana Paula Godoi.  
 
Esta má oclusão é uma decorrência do mau desenvolvimento dessas estruturas. Ana Paula explica que diversos fatores costumam ocasionar esta condição. “Algumas questões hereditárias podem ser observadas, como bruxismo (o hábito de ranger os dentes, geralmente à noite), estresse e ansiedade, próteses e restaurações inadequadas, mau alinhamento dos dentes, entre outras causas. No entanto, o recomendado é qualquer incomodo deve ser investigado em consultório com um especialista”, afirma a docente. 
 
Quando a pessoa desconfia sofrer de DTM ou apresenta alguns dos sintomas típicos do problema, o dentista é o profissional mais indicado para fazer a primeira avaliação e encaminhar para o tratamento adequado, que pode ser realizado de diferentes maneiras. “O próximo passo é entender a causa dessa condição, pois o tratamento tem diversas abordagens, como odontológica, fisioterápica e psicológica”, orienta Ana Paula.  
 
A coordenadora da Pitágoras recomenda que o processo seja multidisciplinar. “Dependendo da ocorrência, o tratamento contará com a participação do cirurgião dentista e outros profissionais. Por isso, é importante estar atento aos relatos do paciente, inclusive, alterações hormonais podem influenciar, por exemplo. A partir dessas reclamações é importante avaliar incluir no processo psicólogo, fonoaudiólogos, endocrinologistas e até mesmo neurologistas”, conclui.

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