Em 1994, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que o Brasil havia eliminado o vírus da paralisia infantil em todo território nacional, atingindo a meta de imunização acima de 95%. Entretanto, desde 2016, por vários motivos, estes índices começaram a cair, trazendo uma preocupação para as autoridades da área da saúde. Em 2021, o percentual ficou abaixo de 70% pela primeira vez, com 69,9%. O que significa que, a cada 10 crianças, três não estão plenamente protegidas contra o poliovirus.
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa, que atinge principalmente crianças com menos de cinco anos, sobretudo as que vivem em locais onde não há tratamento de água e esgoto adequado. A transmissão do vírus acontece de pessoa para pessoa por via fecal-oral, por água ou alimentos contaminados, e também de forma oral-oral, por meio de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus ataca o intestino e pode chegar ao sistema nervoso, provocando paralisia irreversível nos membros inferiores - daí o nome paralisia infantil - ou nos músculos respiratórios, levando o paciente à morte. Esta é uma doença que não tem cura, mas pode e deve ser prevenida com a vacina.
O Rotary Club é uma comunidade internacional que reúne líderes para superar grandes desafios, local e globalmente. A erradicação da pólio constitui uma das iniciativas mais longas e importantes da sua trajetória. Desde os anos de 1980, junto com seus parceiros, ajudou a imunizar mais de 2,5 bilhões de crianças contra a paralisia em 122 países, representando uma redução de 99,9% no número de casos mundiais.
O Rotary E-Club Emma Hildinger, fundado há um ano por um grupo de mulheres que vivem em Poços de Caldas e outras cidades do interior do estado e também da capital paulista, está em ação contra a pólio. Palestras de conscientização sobre a doença e prevenção estão sendo realizadas, vídeos para mídias sociais foram gravados, tendo as associadas como protagonistas no convite à comunidade para vacinar seus pequenos e na campanha de arrecadação de fundos para manter o controle da doença, a produção de vacinas e a concretização da vacinação mundial.
Enquanto a pólio não for erradicada nos quatro cantos do mundo, nossas crianças ainda correm riscos de contaminação. Leve sua criança para vacinar, a pólio não pode voltar!