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17/08/2022 às 15h41min - Atualizada em 17/08/2022 às 15h41min

Existe serial killer no Brasil?

FONTE E FOTOS: Tatiane Toledo
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Por que os serial killers causam tanto fascínio midiático e na sociedade em geral? Já parou para se perguntar isso? Vamos falar sobre este e outros aspectos dos assassinatos em série nesta quarta 17/08, no Momento CIENTIFIQUE
 
Certamente você já ouviu a expressão serial killer e assistiu filmes ou séries nas plataformas de streaming cujo enredo trazia a temática dos assassinatos em série.
Ainda que existam muitas divergências referentes ao verdadeiro conceito de serial killer, o conceito mais conhecido e utilizado para assassinos em série é o de criminosos que cometem assassinatos com certa frequência, geralmente seguindo o chamado modus operandi (a forma de agir do criminoso), e deixando na grande maioria dos casos a sua “assinatura” na cena do crime. O espaço de tempo entre um crime e outro (que deve ser de pelo menos alguns dias) os diferenciam dos assassinos de massa, indivíduos que matam várias pessoas em questão de horas.
 
Embora o termo serial killer (originário dos EUA) seja relativamente novo, sabe-se atualmente que existiam pessoas que se enquadravam no perfil de um assassino em série desde antes de 1440. Alguns pesquisadores defendem a hipótese de que todos os serial killers passam por 6 fases desde a preparação do crime, até o momento pós sua consumação: fase áurea, fase da pesca, fase galanteadora, fase da captura, fase do assassinato e fase da depressão. Outros porém acreditam que possa ocorrer a ausência de algumas destas fases.
 
Os EUA estão fortemente relacionados a este tema, têm conceito e legislação penal bem definidos e são relevantes tanto nos estudos e pesquisas na área, quanto nas coberturas jornalísticas e produções audiovisuais (muitas delas nós importamos). E o Brasil neste contexto? Temos casos de assassinatos em série por aqui? Eles são discutidos na mídia e roteirizados para produções audiovisuais? Qual a imagem que a população brasileira estabelece em relação a esses casos? Como é nossa legislação penal? Prisão ou tratamento?
 
Estes questionamentos, somados ainda aos aspectos de reconhecimento da psicopatologização e de justiça relacionados a este assunto, levaram o grupo Coordenado pelas Profas. Dras. Karina Piccin Zanni1 e Adriana Eiko Matsumoto2, docentes da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), ao desenvolvimento da pesquisa: “Existe serial killer no Brasil? Uma análise da percepção brasileira acerca de homicídios seriais a partir de suas representações midiáticas e a medida de segurança como prisão perpétua”.
 
Para conversar sobre este projeto de pesquisa, o Momento CIENTIFIQUE receberá os graduandos em Psicologia da UNIFESP, Jussara de Souza Silva e Ian Pablo de Oliveira. Ambos são estagiários do Programa de Psicologia, Justiça e Direitos Humanos da UNIFESP, que tem como proposta inserir os alunos de Psicologia no campo da Psicologia Social Jurídica com uma abordagem sócio-histórica a partir dos aportes da Criminologia Crítica e atuação em Direitos Humanos, tanto nos aspectos sócio-técnicos (encarceramento em massa, violência de estado, violações de direitos), quanto nos de serviços e intervenções (políticas criminal, penitenciária, de segurança pública e de direitos humanos).
 
O encontro será sobre este tema polêmico e ainda muito pouco explorado no Brasil. Será nesta quarta-feira, 17, a partir das 19h07 no Instagram da CIENTIFIQUE (www.instagram.com/quevocecientifique).
 
1 Karina Piccin Zanni – terapeuta ocupacional, Mestre em Educação Especial, Dra. em neurociências, professora adjunta da UNIFESP.
2 Adriana Eiko Matsumoto: psicóloga, Mestre em Psicologia da Educação, Dra. em Psicologia Social, professora adjunta da UNIFESP, membro do Núcleo ABRAPSO da Baixada Santista e da Diretoria Nacional da ABRAPSO (biênio 2022-2023) – Associação Brasileira de Psicologia Social.
 
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O quadro Momento CIENTIFIQUE, que ocorre na forma de Lives semanais no Instagram da CIENTIFIQUE - educação e ciência comunicada, é uma iniciativa voluntária de divulgação científica conduzida pela Jornalista Científica Tatiane Toledo (Farmacêutica bioquímica, Mestre em Genética, Doutora em Biologia Celular e Molecular, Diretora da CIENTIFIQUE).
“Recebo especialistas e pesquisadores brasileiros, atuando aqui ou no exterior, para um bate-papo. Uma via de mão dupla. Levamos informação de qualidade às pessoas, e abrimos uma janela para aumentar a visibilidade destes profissionais para além dos muros das Universidades e Centros de Pesquisa, principalmente. O Universo Ciência ao alcance de todos. Afinal, todos nós fazemos parte dele”, diz.

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