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22/07/2022 às 15h56min - Atualizada em 22/07/2022 às 15h56min

No inverno, aumenta o risco de AVC

FONTE: Ideal H+K Strategies - FOTO: Freepik
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Conheça os sintomas e entenda porque o socorro imediato é crucial na diminuição de sequelas permanentes
 
A alteração do fluxo sanguíneo ao cérebro, resulta na falta de oxigênio e nutrientes. Essa ausência é o que provoca o Acidente Vascular Cerebral, popularmente chamado de derrame
Segundo a Organização Mundial de AVC, 70 mil brasileiros morrem de AVC todos os anos. Junto com o câncer, ocupa o posto das doenças que mais matam e é a principal causa de incapacidade em adultos.   
 
E por que será que a incidência de tal enfermidade é maior no frio? A especialista em Urgência e Emergência e professora do curso de Enfermagem da Faculdade Pitágoras, Kenia Castro, explica que para manter a temperatura corpórea, os vasos reduzem seu calibre para evitar a perda de calor; ação essa que aumenta a pressão arterial sistêmica. Por isso há maior chance de ocorrer aumento da pressão arterial em dias mais frios e, consequentemente, AVC. 
 
Manifestado de duas maneiras - isquêmica ou hemorrágica, o AVC merece atenção quanto aos sintomas para que se identifique rapidamente, uma vez que o tratamento deve ser imediato.  
 
No AVC isquêmico, os vasos do cérebro se estreitam ou bloqueiam a passagem de sangue (isquemia). Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes. “Esse é o tipo mais comum, quando acontece a região afetada não recebe oxigênio e deixa de exercer sua função normalmente. Alguns sintomas são a dificuldade para falar, boca torta, paralização de um dos lados do corpo e alteração da visão”, detalha Kenia. 
 
No AVC hemorrágico ocorre sangramento em uma parte do cérebro em consequência ao rompimento de um vaso sanguíneo. Embora menos comum, costuma ser mais grave, podendo ocorrer em pessoas mais jovens. “Ele pode ser causado por uma pressão arterial muito alta e não tratada, isso possibilita a ruptura de um vaso cerebral. Em caso de dores de cabeça forte, tonturas, fraqueza ou formigamento da face, que são sintomas que denunciam o AVC, é importante buscar ajuda médica especializada para realização do diagnóstico”, completa. 
 
“Os exageros são inimigos da saúde mental e física do ser humano, ao manter uma rotina de excessos é possível aumentar gradativamente as chances de um AVC. A maioria dos casos são desencadeados por falta de controle da hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto e sobrepeso. Optar por uma mudança de hábito, como prática de exercícios regular, alimentação equilibrada, evitando consumo de álcool, cigarro e drogas, pode diminuir os riscos”, alerta Castro. 
 
Ao identificar os sintomas, o que fazer? 
“Observe os sinais, se a pessoa não conseguir sorrir, levantar um braço ou dizer uma pequena frase é o momento de buscar ajuda médica”, é o que destaca a especialista quando fala do socorro a pacientes com sintomas que apontam para um AVC. O tempo de atendimento é crucial para evitar sequelas. Dessa forma, deve-se procurar rapidamente um hospital com serviço de neurologia. 
 
No Brasil, o atendimento nos hospitais ocorre com a realização imediata de uma tomografia computadorizada de crânio e a administração de um medicamento específico para reduzir ou até evitar sequelas permanentes, seguido de diversos exames. “O uso o medicamento trombolítico, por exemplo, auxilia na diminuição da coagulação do sangue logo no primeiro estágio do paciente acometido”, afirma.  
 
Os cuidados de enfermagem com o paciente de AVC continuam na fase de internação. O enfermeiro exerce a função de educador, instruindo os familiares em relação às condições e precauções necessárias, além de trabalhar para reinserção do paciente à rotina diária.  
 
“Desde escalas de avaliação neurológica e de déficits motores e sensoriais, que auxiliam no tratamento e na evolução da recuperação, os cuidados da enfermagem estão somados à equipe multidisciplinar de atendimento composta por médicos, fisioterapeutas e psicólogos, que juntos determinarão a capacidade e limitação do paciente para execução de atividades. Ao menos 10% das pessoas acometidas pelo AVC apresentam um novo episódio no primeiro ano. Por isso, o profissional da enfermagem deve estar atento para possíveis sinais de recorrência”, finaliza.

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