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21/07/2022 às 15h44min - Atualizada em 21/07/2022 às 15h44min

8 entre 10 pacientes com câncer de boca são ou foram tabagistas

FONTE: SENSU Consultoria de Comunicação - FOTOS: Divulgação / Reprodução Google
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Mais comum em homens a partir dos 40 anos, o câncer de boca é diagnosticado tardiamente em 70% a 80% dos casos. Os demais fatores de risco são infecção pelo HPV, excesso de gordura corporal e exposição ao sol sem proteção
 
O câncer de boca, também conhecido como câncer de cavidade oral - região que contempla gengivas, língua, lábio, soalho bucal (a parte que fica embaixo da língua), palato duro (céu da boca), e a área atrás dos dentes do siso (retromolar) - é o tumor de cabeça e pescoço mais comum entre os homens. Para 2022, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) são esperados 11.200 novos casos de câncer de homens e 4.010 em mulheres, ou seja, a doença é quase 3 vezes mais comum no sexo masculino. Sua maior prevalência é em homens acima de 40 anos.
A principal etiologia (causa) é o uso de tabaco sob qualquer forma - cigarro, charuto, cachimbo, narguilé - associado ao consumo regular de bebida alcoólica, principalmente destilados. O fumante passivo também tem risco de desenvolver a doença. “Os trabalhos mostram que oito entre dez pessoas com câncer oral têm histórico de tabagismo”, alerta o oncologista clínico Thiago Bueno de Oliveira, presidente do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP).
Outros fatores de risco para o desenvolvimento do câncer oral são exposição ao sol sem proteção, excesso de gordura corporal, infecção pelo papilomavírus humano (HPV), relacionado principalmente ao câncer de orofaringe (garganta), que é transmitido pelo contato sexual, nesse caso, de forma oral.
 
ATENÇÃO AOS SINAIS - O GBCP realiza neste Julho Verde a campanha “Sinais que podem mudar histórias”, com uma programação especial de conteúdo sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dos diferentes tumores que acometem a região de cabeça e pescoço.
Os principais sintomas de câncer de cavidade oral, que podem variar de acordo com a localização e estágio da doença, são:
. Leucoplasia: área esbranquiçada na cavidade oral, parecida com uma afta, que não melhora
. Eritroplasia: mancha vermelha persistente na cavidade oral, que pode sangrar
. Ferida na boca que não cicatriza, após 15 dias
. Perda ou amolecimento de dentes
. Nódulo no pescoço
. Massa ou nódulo na língua, nas gengivas ou no rosto
. Dificuldade para mexer a língua, mastigar ou engolir alimentos
. Mau hálito constante
. Perda de peso inesperada
 
Esses sintomas nem sempre indicam que existe um câncer de boca, mas é preciso consultar um dentista (estomatologista) ou médico especialista em cirurgia de cabeça e pescoço para uma avaliação mais precisa.
Ao observar alguma alteração suspeita é importante buscar avaliação de um médico otorrinolaringologista ou dentista. Após o exame clínico, se houver suspeita do câncer, será necessária a realização de biópsia. Nesse procedimento remove-se parte da área suspeita de câncer para análise microscópica. Esse tipo de exame pode exigir o uso de anestesia local ou geral, a depender da localização do tumor. Com diagnóstico precoce, as chances de cura (o paciente estar vivo cinco anos após o diagnóstico) superam os 90%.
 

PREVENÇÃO - Cerca de 30% dos casos de câncer de cavidade oral poderiam ser evitados com a adoção de algumas medidas:
. Não fumar
. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
. Manter o peso corporal adequado
. Manter boa higiene bucal
. Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral
. Tomar a vacina contra o Papilomavírus Humano-HPV
 
 
SOBRE O GBCP -  O Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço é uma organização sem fins lucrativos estabelecida por meio da colaboração voluntária de seus membros, profissionais da área da saúde envolvidos na jornada de cuidado do paciente com tumores de cabeça e pescoço. O GBCP é um grupo multiprofissional com a missão de influenciar todo o ciclo de cuidado do câncer de cabeça e pescoço no Brasil, atuando em quatro frentes de trabalho: comunidade geral, cuidados com pacientes e cuidadores, profissionais de saúde e pesquisa científica.

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