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14/04/2022 às 16h56min - Atualizada em 14/04/2022 às 16h56min

Dia Mundial do Café - Socorro: de tour na plantação ao cafezinho na xícara

FONTE: Vanessa Gianellini Comunicação - VGCOM - FOTOS: VGCOM - ASTUR - CAMPO DOS SONHOS
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Café faz parte da história e da cultura da cidade
 
No Dia Mundial do Café, comemorado em 14 de abril, que tal unir café e turismo?  A Estância Hidromineral de Socorro - cidade turística localizada no Circuito das Águas Paulista e referência em aventura e ecoturismo - é o lugar ideal para esta conexão. Entre uma diversão e outra e lindas paisagens, a cidade oferece visitação no cafezal, café em pó, café em grãos, drinques, bebidas e o tradicional, tudo com muita história e cultura.
 
A dica é começar pelas plantações. A Fazenda 7 Senhoras Speciality Coffee, com mais de 100 anos de história, tem o Coffee Tour. São 365 hectares, 55 cultivados com mudas de café dos tipos Catuaí vermelho, Catuaí amarelo, Mundo Novo e Bourbon amarelo. Lá, o visitante conhece todas as etapas do processo de produção de um café especial, da planta até a xícara. Passa pela plantação, manejo de colheita, pós-colheita, centro de beneficiamento, classificação e torra. Para finalizar, o barista extrai o mesmo café em três métodos de preparo. A visitação dura cerca de 1h30. É necessário agendar com antecedência pelo site.
 
Outro lugar para conhecer todo o processo é o passeio guiado “Do cafezal ao cafezinho”, dos Hotéis Fazenda Campo dos Sonhos e Parque dos Sonhos. São 40.000 pés de café que podem resultar em 50 toneladas/ ano dos cafés Catuaí Amarelo, Vermelho, Bourbon, Mundo Novo (Brasil). A torra é apenas com o café de qualidade, ou seja, o arábica. Com foco na sustentabilidade, a plantação é feita toda em curva de nível para manter a umidade do solo e diminuir a erosão.
 
No Sabores do Currupira são mais de 47 anos de dedicação, do plantio ao produto final. Tudo de forma artesanal e familiar e com a preservação da área de plantação - cerca de 2 hectares -, por meio do projeto Agrofloresta, que promove a agricultura e a conservação das matas. Entre outras ações, não usam agrotóxicos. A propriedade rural - com capacidade de produção de 2 toneladas de café seco por ano - manufatura os cafés Mundo Novo e Catuaí amarelo e vermelho. E o processo produtivo é o arábica. Do café também fazem geleia, um sucesso entre os turistas, e uma cachaça.
 
Já no Rancho Pompéia, o café in natura de uma fazenda localizada no bairro Serrote, ganha personalidade com a torra artesanal (com Cadastro Estadual de Vigilância Sanitária), processamento e empacotamento. No “café caipira”, entre os 20 itens, também é servido o bolo de café. É preciso agendar com antecedência.
O Serrote é um bairro com condições climáticas, solo e altitude que favorecem a produção de café de excelência.
 
O café no Villa Empório também é de lá, de uma propriedade com mais de 100 anos de história e já na terceira geração da família. A plantação nos 20 hectares produz em torno de 2000 sacas anuais nas variedades Mundo Novo e Catuaí.
 
PARA BEBER - O café brasileiro ocupa lugar de destaque entre os melhores cafés do mundo e misturá-lo ao leite é um dos maiores costumes no Brasil.
Rock & Soul Music Bar adicionou a esta mistura outra bebida brasileira tradicional: a cachaça. Batizado de “Café brasileiro”, é servido gelado em uma bela taça com fundo de doce de leite, para que o cliente adoce a bebida a gosto.
Já o Empório Caipira oferece cafés especiais, frappês e milk shake, com a bebida, por exemplo.
Trilha Café trabalha exclusivamente com o café da Fazenda 7 Senhoras. Do simples café puro coado e expresso a bebidas com acompanhamento, são cerca de 20 opções. Destaque para o cappuccino gelado com café, leite e chocolate 50% cacau e o frappé com sorvete de leite, que pode acompanhar Nutella, Ovomaltine ou doce de leite argentino.
A cesta para piquenique do Parque Vale das Pedras, montada com produtos artesanais da cidade, também tem o café da Fazenda 7 Senhoras.
Já no Chalés Santa Catarina o mesmo produto está no café da manhã, servido na varanda e degustado enquanto se aprecia uma bela paisagem. 
 
Saiba mais em www.socorro.tur.br
 
         
Chegada do café no Circuito das Águas Paulista
 
O café chegou à região de Campinas por volta de 1835. Encontrou excepcionais condições de clima e solo, além de uma condição socioeconômica em transformação, e atingiu as montanhas e vales do Circuito das Águas Paulista.
Com o fim da escravidão, o sistema de produção mudou muito e começam a desembarcar nas fazendas da região imigrantes do Norte da Itália, além de espanhóis, árabes e outras nacionalidades que buscavam oportunidades no Brasil e que foram acolhidos nessa região.
Em 1887, o imperador Dom Pedro II fundou o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que, até hoje, dá sustentação técnica à evolução do processo tecnológico do café para todas as regiões produtoras do Brasil.
Neste contexto socioeconômico, constituiu-se as bases para que a região do Circuito das Águas Paulista se consolidasse como uma região histórica de produção de cafés especiais.
As lavouras situam-se nas ramificações da Serra da Mantiqueira entre 850 a 1350 m de altitude, com clima ameno de montanha.

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