15/02/2022 às 15h54min - Atualizada em 15/02/2022 às 15h54min
A esperança diferencia o estresse do burnout, diz especialista
FONTE: Pietra Geórgia - [email protected] - FOTOS: Divulgação / Tomorrow Summit
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Dr. Fabiano de Abreu discorre sobre as diferenças entre estar estressado e ter desenvolvido uma síndrome
A síndrome de burnout, muitas vezes causada pelo excesso de trabalho, leva ao cansaço físico e mental que acarreta na redução da capacidade de um indivíduo. Nesse contexto, o PhD em neurociências, biólogo e antropólogo Dr. Fabiano de Abreu alerta que o burnout pode levar a despersonalização associada à percepção de ter cometido erros, deterioração pessoal e familiar, problemas físicos como dores de cabeça, insônia, dor osteomuscular, problemas gastrointestinais, riscos cardíacos, fadiga crônica, alterações na anatomia do cérebro, acarretando em comportamentos que afetam o emocional e a inteligência, depressão, comportamentos de alto risco, entre muitas outras consequências que podem resultar em diversas doenças a depender do grau do burnout e genética do indivíduo.
Durante o isolamento social rígido e todas as mudanças de rotina causadas pela pandemia de Covid-19, os números de casos aumentaram. “A necessidade constante de o indivíduo se apresentar como produtivo, eficiente e eficaz desencadeou o surgimento de algumas habilidades para conviver nessa sociedade tecnológica'', explica o especialista.
Para ele, é necessário ainda compreender as diferenças entre o estresse e o burnout. “O burnout é gradativo, piora ao longo do tempo e o estresse, por sua vez, oscila. Porém, se o estresse for mantido pode levar ao surgimento do burnout”, explica. O neurocientista defende que a esperança é um ponto chave de diferenciação entre eles. “Pessoas estressadas podem imaginar que se conseguirem manter tudo sob controle, se sentirão melhor. Há esperança. Já pessoas que sofrem de burnout muitas vezes não veem esperança”, pontua.
A síndrome de burnout pode ainda deixar evidente algumas alterações na produtividade profissional de cada indivíduo em diferentes âmbitos. “Há sintomas físicos, mentais e emocionais. Há negligência profissional, lentidão e contato impessoal, por exemplo”, detalha o neurocientista.
Para melhorar o ambiente de trabalho e evitar a síndrome, o Dr. Fabiano acredita que pode-se organizar horários, sentir domínio de funções, não esperar reconhecimento e ter autoconfiança. “Pense que 'metas são motivos de vida', então as crie, coloque como desafios, eles impulsionam e quando conquistados resultam em sensação boa de recompensa”, afirma.
É necessário, ainda, dormir 8 horas por dia, acessar menos as redes sociais e evitar ambientes caóticos. “Não assuma toda a responsabilidade, você não precisa mudar o mundo. Assuma o tamanho da responsabilidade que consiga lidar”, aconselha.
Link para o estudo:
https://recisatec.com.br/index.php/recisatec/article/view/39/37
SOBRE O DR. FABIANO DE ABREU - Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues (foto) é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências, com formações também em Neuropsicologia, licenciatura em Biologia e em História, tecnólogo em Antropologia, pós-graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica.
Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo.
É especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.