Vacina contra HPV reduz câncer de colo do útero em até 84%, aponta estudo

18/03/2025 15h49 - Atualizado há 2 semanas

 

Na campanha Março Lilás, infectologista da Dasa reforça a imunização como estratégia para erradicar a doença

Um estudo publicado no British Medical Journal revelou que a vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) reduz em até 83,9% a incidência de câncer de colo do útero e em 94,3% as lesões pré-malignas (CIN3) em mulheres vacinadas na adolescência. A pesquisa de 2024, que avaliou o impacto do programa de vacinação na Inglaterra, reforça a importância da imunização como principal estratégia para erradicar a doença.

"Investir na imunização hoje é garantir que essa doença não seja mais uma ameaça para as mulheres", afirma Alberto Chebabo, infectologista dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, marcas cariocas da Dasa. "O primeiro passo é simples: vacinar-se e incentivar a imunização de jovens e adolescentes contra o HPV."

O HPV é responsável por cerca de 95% dos casos de câncer de colo do útero, um dos tipos de câncer mais comuns em mulheres. No Brasil, a previsão é de que mais de 17 mil novos casos sejam diagnosticados em 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

"Com a cobertura vacinal ampla e programas de rastreamento adequados, é possível eliminar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública", afirma

Brasil próximo da meta da OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta de erradicar o câncer de colo do útero até o final do século com três pilares: vacinação de 90% das meninas até 15 anos, rastreamento de 70% das mulheres e tratamento de 90% dos casos diagnosticados.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil está próximo de atingir a meta de imunização. Em 2024, o país alcançou a marca de 85% do público-alvo vacinado. "Estamos no rumo certo", comemora Chebabo. "Acreditamos no potencial do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e em campanhas como o Março Lilás para conscientizar a população sobre os casos de câncer de colo de útero e a importância da vacinação contra o HPV."

Apesar do avanço na vacinação, o infectologista alerta para os desafios que o Brasil ainda enfrenta. A disseminação de notícias falsas sobre as vacinas gera hesitação entre pais e responsáveis.  Além disso, a taxa de imunização de meninos é 24% menor que a de meninas, dificultando o controle do vírus. E vemos também a necessidade de ampliar o rastreamento por meio do Papanicolau e do exame de HPV são essenciais para detectar alterações precoces”, conclui Chebabo.


FONTE: FONTE: Brienny Giarola - [email protected] - FOTO: Reprodução Google
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