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O colesterol é um tipo de gordura presente em todas as células e participa de várias funções importantes, como a produção de hormônios e vitamina D. Porém, quando em níveis elevados, ele pode prejudicar a saúde em vez de beneficiá-la. Por ser um dos principais indicativos avaliados no exame de sangue, é importante entender quando os níveis de colesterol estão altos e quando é necessário fazer uma mudança na rotina para preservar a saúde.
“Enquanto o LDL leva o colesterol do fígado e do intestino para os tecidos, o HDL faz o caminho contrário e leva o colesterol de volta para o fígado, onde ele será metabolizado e eliminado do corpo. Quando elevado, o LDL se acumula nas paredes das artérias e dificulta a passagem do sangue, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e cerebrais, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular encefálico, conhecido popularmente como derrame. Por esse motivo, ter taxas altas de colesterol LDL coloca a saúde em sério risco, já que o coração precisa fazer mais força para que o sangue passe pelas artérias entupidas de placas de colesterol ruim”, detalha a dra. Rosita Fontes, endocrinologista dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, que fazem parte da Dasa, e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
O nome do exame que avalia o colesterol é o colesterol total. Mas para uma análise mais ampla, os médicos costumam solicitar o perfil lipídico (ou lipidograma), que examina o colesterol total e as frações LDL (colesterol “ruim”) e HDL (colesterol “bom), além dos triglicerídeos, outro tipo de gordura responsável por armazenar calorias. Em um adulto saudável com ou sem jejum, espera-se que o colesterol total esteja abaixo de 190 mg/dL e que o HDL colesterol esteja acima de 40 mg/dL.
A avaliação do LDL, contudo, depende do risco cardiovascular do paciente, de forma que quanto maior o risco, menor deve ser o nível de colesterol LDL para manter a saúde. Assim, uma pessoa com baixo risco deve ter menos de 130 mg/dL; com risco intermediário, menos de 100 mg/dL; com risco alto, menos de 70 mg/dL; e com risco muito alto, menos de 50 mg/dL.
“O exame de colesterol deve ser realizado com indicação médica e os resultados que não condizem com os valores de referência esperados devem ser avaliados por um especialista, que poderá analisar a saúde do paciente”, explica a dra. Rosita.
Existem diversos fatores de risco associados ao desenvolvimento das consequências do colesterol alto que se dividem em “modificáveis”, aqueles comportamentais, que podem ser alterados ou controlados, e os “não modificáveis”, que não podem ser mudados, como a hereditariedade.
Segundo a dra. Rosita, o colesterol alto está entre as causas mais determinantes que podem ser controladas, por meio de um estilo de vida mais saudável, já que as condições que estão associadas ao colesterol elevado são hipertensão arterial (pressão alta), tabagismo, diabetes, obesidade, sedentarismo e alimentação não saudáveis, ou seja, rica em gorduras saturadas, colesterol, sal e açúcares.