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16/05/2024 às 16h05min - Atualizada em 16/05/2024 às 16h05min

Estudo conclui que reposição hormonal em mulheres acima de 65 anos é segura

FONTE: Yasmin Santos - [email protected] - FOTO: Divulgação/ Getty Images
 
O ginecologista Dr. André Vinícius explica que a terapia deve persistir a longo prazo e a paciente deve seguir orientação médica
 
Que a reposição hormonal devidamente prescrita é um dos melhores tratamentos para a menopausa não é novidade, ou pelo menos não deveria ser. Especialmente agora, em que um recente estudo publicado na revista Menopause concluiu que é seguro continuar a terapia de reposição hormonal (TRH) mesmo após os 65 anos de idade. O médico ginecologista especialista em saúde da mulher no climatério, Dr. André Vinícius, diz que muitas mulheres ainda acreditam que precisam interromper a TRH após alguns anos de uso, mas que isso não é verdade.
 
Para a realização do estudo, os pesquisadores analisaram os registros de saúde de 10 milhões de mulheres idosas do sistema de saúde público dos Estados Unidos no período de 2007 a 2020. Eles concluíram que a TRH traz benefícios à saúde da mulher com mais de 65 anos que continua o tratamento, e que os efeitos dependem do tipo de terapia, a dose e como é administrada.
 
Dr. André Vinícius diz que caso a mulher mantenha as condições que fizeram o médico indicar o tratamento, ele deve sim persistir a longo prazo, inclusive após os 65 anos de idade. “É preciso dizer que a TRH é para todas as mulheres, mas existem três casos que precisam de mais atenção: quando a paciente já teve câncer de mama; quando a paciente já teve câncer de endométrio, mesmo se já tenha retirado o útero; ou se a paciente já teve AVC, infarto ou trombose”, diz o médico.
 
Por que fazer a reposição hormonal?
A reposição hormonal possui o papel de repor os hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e testosterona) que possuem uma diminuição na sua produção durante a menopausa, pela ausência de produção deles pelos ovários, amenizando os sintomas e prevenindo complicações associadas à deficiência hormonal.
 
Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Climatério (Sobrac), entrevistando cerca de 1.500 mulheres com idade entre 45 e 65 anos, apontou que apenas 22,3% delas receberam recomendações médicas para realizar o tratamento hormonal e decidiram fazer. Um dos principais motivos da baixa adesão é a falta de conhecimento sobre os benefícios e os reais riscos da reposição hormonal.
 
“Ainda há muitos mitos sobre o tratamento com hormônios. Muitas pacientes têm receio de ganhar peso ou desenvolver câncer. Mas há vários estudos científicos que comprovam que os riscos de quem faz reposição hormonal de forma adequada são praticamente os mesmos para quem não faz”, pontua o ginecologista. Segundo ele, além de aliviar sintomas como ondas de calor e insônia, a TRH na menopausa também pode prevenir osteoporose e melhorar a saúde cardiovascular.
 
Afinal, a reposição hormonal causa câncer de mama?
O médico ginecologista explica que essa questão não é tão simples, pois é preciso analisar o tratamento que a mulher está recebendo. Para ele, a combinação hormonal, os tipos de hormônios utilizados e como são administrados são fatores chave para o sucesso, ou não, da reposição hormonal na menopausa.
 
“Muitas mulheres têm dúvidas quanto ao aumento do risco de câncer de mama ligado a reposição hormonal. Existem estudos que relacionam a reposição hormonal baseada em etinilestradiol aliado a progestágeno, dois hormônios sintéticos, com o aumento do risco de câncer de mama invasivo. Contudo, o mesmo não aconteceu com a reposição baseada em estrogênio isolado”, afirma.
 
Além disso, a reposição hormonal realizada sem uma investigação médica, direcionada a contraindicação do uso do estrogênio, pode desencadear possíveis problemas vasculares, sendo completamente contraindicada, segundo André.
 
É importante destacar que os riscos elencados acima se apresentam quando a reposição hormonal é feita sem orientações complementares, ou seja, quando o médico acaba por negligenciar o estilo de vida da mulher e sua evolução ao longo da vida fértil. Tais elementos são importantes para se chegar a um tratamento benéfico e eficiente.
 
SOBRE O DR. ANDRÉ VINÍCIUS (@dr.andrevinicius) - Formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (PB) e com mais de 10 anos de experiência na área, André Vinícius é Mestre em Ciências da Saúde, especializado em Ginecologia e Endoscopia Ginecológica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE) e pós-graduado em Fisiologia Hormonal. Professor de Ginecologia da Universidade Federal de Campina Grande. Atua com foco em menopausa e na Terapia de Reposição Hormonal, levando uma qualidade de vida maior para mulheres que estão passando por esse período. Ao longo de sua carreira, André ajudou mais de 3 mil alunos no seu curso sobre a Terapia Hormonal e mais de 2 mil alunos em seu curso sobre Endometriose.
 
Link do estudo: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38595196/

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