25/04/2024 às 15h25min - Atualizada em 25/04/2024 às 15h25min
Pegada de carbono gerada pela Doença Renal Crônica pode se igualar à de 1,5 milhão de carros em 2032
FONTE: Camily Moreira - [email protected] - FOTO: Reprodução Google
Apresentado no Congresso Mundial de Nefrologia de 2024 da Sociedade Internacional de Nefrologia, em Buenos Aires, Argentina, estudo da AstraZeneca projeta consequências ambientais, econômicas e aos pacientes de doença renal crônica em oito países, incluindo o Brasil
O estudo IMPACT CKD, fomentado pela AstraZeneca, projeta as consequências da doença renal crônica nas esferas ambiental, econômica e dos pacientes para 2032 em oito países, incluindo o Brasil. Apresentado no Congresso Mundial de Nefrologia 2024 (WCN’24), da Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), em Buenos Aires, Argentina, o estudo destaca uma crescente crise global de saúde com profundas consequências econômicas e ambientais.
A previsão do impacto ambiental da doença no Brasil para daqui a oito anos é a de que o consumo de água seja de mais de 60,7 milhões m3 (equivalente ao de 370 mil casas); de que o uso de combustíveis fósseis seja de mais de 850 milhões de kg (equivalente a mais de 11,3 milhões de lâmpadas) e de que a pegada de carbono seja de cerca de 2,5 bilhões de kg de CO2 (equivalente à emissão de 1,5 milhão de carros. A terapia renal substitutiva, como a hemodiálise, indicada nas fases mais avançadas da doença renal crônica, é a que gera maior impacto econômico e ambiental.
Na esfera econômica, o estudo apresenta dados sobre o absenteísmo, fenômeno que impacta não só o paciente, mas também o cuidador. A previsão é de que, ao longo de dez anos, sejam perdidos 365,9 milhões dias de trabalho de pacientes e 41,4 milhões dias de trabalho de cuidadores, gerando uma perda de receita para o período de cerca de R$ 8,9 bilhões.
Se olharmos para a realidade do paciente, a projeção da DRC é igualmente alarmante, com o crescimento da prevalência da DRC em todos os estágios de 12,2% de 2022 a 2032. Entre os dados revelados pelo estudo estão também um aumento, no período de 2022 a 2032, de 170,8% no número de pacientes em diálise (136,5 mil - 369,7 mil); de 169,5% no custo de terapia renal substitutiva (R$ 6,35 bilhões - R$ 17,12 bilhões); de 27,3% de visitas à emergência (1,4 milhão - 1,8 milhão) e de 23,3% de hospitalizações (16,5 milhões - 20,4 milhões).
O IMPACT CKD é o primeiro estudo a prever o vasto e multidimensional impacto da doença renal crônica ao longo de dez anos em oito países - Estados Unidos, Brasil, Reino Unido, Espanha, Alemanha, Holanda, China e Austrália. A metodologia utilizada é a de simulação ao nível do paciente, criando um milhão de pacientes individuais com base no tamanho da população do país, com abrangência em toda a jornada de saúde, desde os cuidados primários até os últimos estágios da DRC.
Karina Fontão, diretora médica executiva da AstraZeneca Brasil, enfatiza: “É fundamental que todo o ecossistema da saúde aumente, cada vez mais, seu entendimento do impacto da doença renal crônica para o paciente, a economia e o meio ambiente. Toda a comunidade envolvida no diagnóstico, tratamento, pesquisa - sociedades médicas, associações de pacientes, indústria de pesquisa, gestores políticos e gestores de saúde - deve trabalhar em prol de conscientização, ampliando a antecipação do diagnóstico e evitando a progressão da doença, para assim, construir uma possibilidade de transformação de cenário”.
O estudo IMPACT CKD faz parte da iniciativa da AstraZeneca Accelerating Change Together (ACT), visando melhorar a compreensão da doença renal crônica e expandir o diagnóstico precoce. Por meio desse programa, foram lançadas as campanhas global e nacional, que buscam trazer a DRC para a agenda política global, defendendo estratégias abrangentes e eficazes de gestão da doença para combater este crescente desafio de saúde.
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