13/03/2024 às 15h39min - Atualizada em 13/03/2024 às 15h39min
SXSW 2024: o que essa edição diz sobre o futuro da tecnologia?
Por Carol Affonso - Comunicação Estratégica para Instagram
@carolonlline
Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google
O South by Southwest, mais conhecido como SXSW, chega à metade de sua duração e já coleciona um conjunto de relatórios que apontam como será o futuro da tecnologia em diversas vertentes.
O festival, que acontece em Austin, no estado norte-americano do Texas, é considerado um dos maiores eventos de tecnologia, música, inovações e cultura do mundo, trazendo ainda, atrações de diferentes países.
Por lá, três relatórios muito relevantes foram apresentados até o momento: o MIT mostrou o que mais impactou a tecnologia global no último ano, a futurista Amy Webb trouxe as principais tendências na área para 2024, e o especialista em videogames Joost van Dreunen trouxe as previsões para o mundo dos games.
MIT: 10 Tecnologias que vão mudar o mundo
A inteligência artificial (IA) foi a tecnologia que apareceu em primeiro lugar na lista do Instituto de Tecnologia do Massachusetts. “Não é surpresa que vejamos IA na lista. 2023 já foi um ano muito agitado para IA. Nós estamos agora em um momento que o público está interagindo diretamente com lA, conscientemente testando, usando lA generativa para fazer imagens", disse Bramson-Boudreau.
Veja a lista completa:
1. Inteligência artificial
2. Novas células solares
3. Apple Vision Pro
4. Medicamentos para perda de peso
5. Sistemas de energia geotérmica
6. Chiplets
7. Tratamento de edição de genes
8. Computadores exaescala
9. Bombas de calor
10. “Assassinos" do Twitter
Amy Webb: futuro da tecnologia
A 17ª edição do Tech Trends Report, do Future Today Institute, presidido pela futurista Amy Webb, traz quase 900 tendências em tecnologia que reinarão em 2024.
Inteligência artificial
Para Amy Webb, depois dos chamados LLM (Large Language Models), veremos cada vez mais o que ela chama de Large Models, que são dispositivos que vão permitir que a inteligência artificial reconheça e aprenda com nossas ações.
Aparelhos como Apple Vision Pro já são parte dessa realidade. A lA também está presente na busca e descoberta de informações - e um exemplo que utiliza essa tecnologia é o ChatGPT, da OpenAl.
Mobilidade, robôs e drones
Os consumidores estão se adaptando aos veículos elétricos e semiautônomos e aos que coletam cada vez mais dados.
Ao mesmo tempo, a tecnologia das baterias está aumentando, permitindo que veículos, robôs e drones tenham um desempenho mais longo, a ascensão destas máquinas sugere um futuro onde elas complementam e até mesmo substituem tarefas humanas.
Cuidados de Saúde e Medicina
Outro assunto que também entrará em pauta é a barreira entre o digital e o biológico, que está desaparecendo aos poucos. A fusão entre os dois mundos permite uma nova gama de tratamentos, como, por exemplo, células dentro do nosso corpo que podem produzir medicamentos em resposta a estímulos externos.
Joosten van Dreunen: novidades no mundo dos games
O relatório de Joost van Dreunen, acadêmico e empreendedor, especialista em videogames, mostra que haverá nos próximos anos uma mudança do conceito de games de produtos/serviços para plataforma.
1. A abordagem tradicional de vendas nos games até agora era vender o máximo de unidades possível com o maior preço, como nos casos de Zelda e Uncharted.
2. Havia também a abordagem de serviços live (os chamados "forever games") em games de múltiplos jogadores, como Pokémon Go e League of Legends.
3. O próximo passo é considerar games como plataformas, que se estendem além do jogo. A ideia é um misto de atividades on e offline, como nos casos de Fortnite e Roblox.
A ideia de games como plataforma significa criar várias ações com os consumidores: play (jogar), watch (assistir), connect (conectar), create (criar) e collect (colecionar).
Ainda conforme o relatório, uma das próximas tendências são os multiplayers games - ninguém quer mais jogar sozinho.
O documento aponta ainda que a liderança da indústria tem mudado nos últimos anos entre publishers e gatekeepers. Se em 2000 Sony e Nintendo reinavam, agora disputam espaço com a Tencent, Apple e Google.
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