14/02/2024 às 15h39min - Atualizada em 14/02/2024 às 15h39min
David Bowie e sua obra definitiva
Rodrigo Lee - Músico e Produtor Cultural
(35) 9 9987-5620 - Foto: Reprodução Google
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Há 47 anos foi lançado o primeiro capítulo do que veio a ser conhecida como a trilogia berlinense de Bowie. Esse álbum foi produzido por Bowie e Tony Visconti. "Low" foi seguido no mesmo ano por "Heroes", com a trilogia concluída em 1979 com a chegada de "Lodger".
Muito foi escrito sobre o brilho e a coragem da música em "Low", e com razão. Provavelmente é difícil imaginar, com os ouvidos de hoje, o quão absolutamente único o disco soava em 1977.
Além da óbvia divisão do álbum em dois lados distintos, Visconti produziu o disco com um som de bateria distinto, por meio de seu mais recente equipamento, o Evantide Harmonizer. O Eventide foi uma máquina que Visconti descreveu a Bowie e Brian Eno em uma teleconferência antes das sessões, assim: “Isso ferra com a estrutura do tempo”.
Embora "Low" tenha sido um disco supostamente inspirado por nomes como Kraftwerk e outros músicos alemães, mecanizados, da época; na verdade soava muito mais orgânico.
Isso se deveu em grande parte ao núcleo da banda de Bowie, naquele período: Carlos Alomar (guitarra), Dennis Davis (bateria) e George Murray (baixo).
O álbum foi um sucesso comercial, alcançando a posição #2 na UK Albums Chart e número 11 na Billboard dos EUA. "Sound and Vision" e "Be My Wife" foram lançados como singles.
Se você ainda não ouviu “Low”, prepare-se para ser transportado por sua melancolia gloriosamente edificante e sua linguagem musical majestosa de outro tempo e lugar, que ainda não chegou.
Nos trinta e nove minutos de genialidade intocável, "Low" soa tão fresco hoje como sempre foi! *O Brand-News não se responsabiliza por artigos assinados por nossos colaboradores