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05/02/2024 às 16h27min - Atualizada em 05/02/2024 às 16h27min

O papel da nutrição na prevenção e apoio ao tratamento do câncer

FONTE: Imprensa - [email protected] - FOTOS: Divulgação
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O Dia Mundial do Câncer, no domingo (4), tem como objetivo incentivar e sensibilizar todos sobre a importância da prevenção da doença. A taxa global de novos casos está aumentando devido ao envelhecimento da população mundial: 1 em cada 5 homens e 1 em cada 6 mulheres desenvolvem algum tipo de câncer ao longo da vida, resultando em 1 morte em cada 8 homens e 1 morte em cada 11 mulheres.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que de 30 a 40% dos casos de câncer podem ser atribuídos a fatores de risco relacionados ao estilo de vida, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta pobre em frutas e vegetais, inatividade física, sobrepeso e obesidade. 
A OMS também destaca que o consumo excessivo de carne vermelha e processada está associado a cânceres como colorretal, pâncreas, próstata e estômago. A carne vermelha engloba opções como bovina, vitela, suína, cordeiro, carneiro e cabra, enquanto a carne processada passa por processos como salga, cura, fermentação, defumação, incluindo itens como presunto, salame, bacon e salsicha.
 
De acordo com Adriana Stavro (foto), nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo, por outro lado, a atividade física regular e uma dieta estilo mediterrânea estão associadas a um risco reduzido de diversos tipos de câncer. A dieta mediterrânea caracteriza-se pela alta ingestão de alimentos de origem vegetal, como frutas, vegetais, cereais integrais, leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha, ervilha), oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas) e sementes. O azeite é a principal fonte de gorduras, enquanto produtos lácteos magros, peixes e aves são consumidos moderadamente, limitando-se o consumo de ovos a um máximo de quatro por semana. A carne vermelha é reservada para ocasiões especiais e consumida em pequenas quantidades
 
No estudo de 2014 sobre a 'Dieta Mediterrânea Espanhola e o Risco de Câncer de Mama', os autores destacaram o papel protetor do padrão alimentar mediterrâneo em relação ao risco de mortalidade pela doença. A ligação entre a ingestão alimentar e o câncer pode ser atribuída aos efeitos anti-inflamatório, antioxidante e de reparo do DNA atribuídos a alguns nutrientes. Estes incluem:
 
. Ácidos graxos ômega-3: Os ácidos graxos ômega-3, presentes em salmão, sardinha e cavala, oferecem benefícios à saúde, incluindo um efeito protetor contra o câncer. Os ácidos graxos eicosapentaenoico (EPA) e docosaexaenoico (DHA) são mediadores lipídicos importantes, associados à redução da inflamação e prevenção de doenças.
 
. Quercetina: É um pigmento flavonoide presente em várias frutas, vegetais e folhas como brócolis, cebola, maçã, pimentão, alcaparra, limão, uva e trigo sarraceno, possui propriedades antioxidantes e antitumorais. 
Estudos indicam que a quercetina pode proteger contra o câncer, agindo na morte de células cancerígenas, restauração de genes supressores de tumor e reversão de alterações epigenéticas associadas à ativação de oncogenes
 
. Epigalocatequina-3-Galato (EGCG): Encontrada no chá verde, tem sido extensamente estudada por seu potencial efeito protetor contra vários tipos de câncer em humanos. Comparado a outros chás, o chá verde contém a maior quantidade de compostos bioativos, pertencentes ao grupo dos polifenóis. A maioria dos dados experimentais indicou que os polifenóis têm a capacidade de modular diversas vias de sinalização, regulando o crescimento, a sobrevivência e a metástase de células cancerígenas em diversos níveis.
 
. Curcumina: A curcumina, usada como agente terapêutico e preventivo no câncer de mama, conta com amplo respaldo de evidências provenientes de estudos laboratoriais e com animais, destacando sua diversificada atividade biológica contra células tumorais. A administração simultânea de piperina pode aumentar significativamente a absorção, concentração sérica e biodisponibilidade da curcumina em humanos, podendo chegar a até 20 vezes.
 
. Folato (vitamina B9):  Alimentos como feijões, lentilhas, ervilhas, grão-de-bico, ovos e carne são ricos em folato (vitamina B9). Uma análise com 23 estudos prospectivos, envolvendo 41.516 casos de câncer de mama, indicou uma redução de 18% no risco de câncer de mama associada à ingestão de folato. Além disso, uma alta ingestão de folato mostrou uma associação inversa com o risco de câncer no útero, ovários e endometrial.
 
. Vitamina B6: A vitamina B6, encontrada em alimentos como carnes, leite, ovos, aveia, banana, gérmen de trigo, abacate, levedo de cerveja, cereais, sementes e nozes, desempenha um papel crucial em diversas reações bioquímicas. Além disso, pode ter um papel importante na proteção contra a carcinogênese.

. Licopeno: Diversos estudos em humanos têm observado uma associação entre a ingestão de licopeno, presente no tomate, e a redução do risco de câncer de próstata. Vale destacar que cozinhar ou assar os tomates pode aumentar a biodisponibilidade de licopeno.
 
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