Imagem do quadro sendo encontrado após o roubo em 1911,
Em 28 de janeiro de 2024, no período da manhã, no Museu do Louvre, em Paris, duas ativistas ambientais protagonizaram um incidente ao atirar contra o vidro blindado que protege a Mona Lisa. A justificativa para essa ação foi o desejo de promover "o direito a uma alimentação saudável e sustentável". Esta não é a primeira vez que o quadro da Mona Lisa foi alvo de protestos; em 2022, ativistas ambientais já haviam atirado uma torta de creme no famoso quadro.
Esses eventos recentes chamam a atenção para a vulnerabilidade de obras de arte em locais públicos e provocam reflexões sobre as motivações por trás desses atos. No entanto, vale ressaltar uma curiosidade histórica relacionada à Mona Lisa.
Em 1911, por volta das 7 da manhã, durante uma ronda habitual dentro do Museu do Louvre, um guarda de segurança percebeu um espaço vazio entre dois quadros, que sabia pertencer à Mona Lisa. Inicialmente, ele pensou que o quadro tinha sido retirado para fotografia. Ao constatar que não era o caso, a polícia de Paris foi chamada, e uma investigação teve início. A moldura da Mona Lisa foi encontrada aos pés da escadaria da Samocracia, e a notícia do roubo se espalhou rapidamente pela cidade, com um jornal oferecendo uma recompensa generosa pela devolução da obra.
Dias depois, a área onde a pintura costumava estar atraiu uma multidão de curiosos. O sumiço da Mona Lisa ganhou destaque internacional, sendo até mesmo Pablo Picasso interrogado e erroneamente acusado de cumplicidade no roubo. O verdadeiro ladrão era Vincenzo Peruggia (foto abaixo), um italiano que trabalhava no Louvre. Ele passou a noite escondido no museu, levou a pintura consigo e manteve-a em sua posse por dois anos antes de tentar vendê-la na Itália. O roubo foi motivado pelo que Peruggia considerava um ato de patriotismo, alegando que a obra fora roubada da Itália por Napoleão Bonaparte.
.jpg)
Em janeiro de 1914, a Mona Lisa foi reintegrada à coleção do Louvre, retomando sua posição de destaque. A cobertura única dada pela imprensa ao roubo contribuiu significativamente para a fama mundial da obra, que, antes do incidente, era desconhecida por muitos.
