27/10/2023 às 16h37min - Atualizada em 27/10/2023 às 16h37min

Humorologista: conheça o termo recém criado no Brasil que pode virar profissão

FONTE: Xanndi Poletto - [email protected] - FOTO: Divulgação
Mary com Y registrou o termo Humorologista
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Especialista em Neurociência, Maryana com Y explica como usar o bom humor no cotidiano que comprovadamente transforma as relações sociais e promove a sensação de bem-estar
 
Como anda seu humor? A resposta certamente vai variar não só por conta das diferenças culturais de uma região para outra, mas também pela forma como você enxerga a vida. Longe de ser comédia, o bom humor é uma maneira leve de lidar com desafios cotidianos, que vão desde uma simples vergonha numa roda de conversa até uma saia justa com o chefe na hora de pedir um aumento. O bom humor quase sempre cai bem em todas as situações e a ciência tem estudado a eficácia dele no corpo e nas relações sociais. 
 
Um dos estudos mais recentes, publicado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, mostra que o bom humor está atrelado à longevidade e também à saúde. A neurociência já comprovou que o bom humor promove sensação de bem-estar. Na prática, o ato de sorrir libera serotonina e endorfina. Mas, antes de uma atitude leve que pode fazer o outro dar um simples sorriso, existe um processo de pensamento que leva a ação de uma pessoa e é aí que se inicia o exercício do bom humor. 
 
A pergunta agora é outra. Como aprender a trazer o humor para o cotidiano? É aqui que pode entrar o humorologista, termo criado e registrado pela especialista em neurociência e comportamento Maryana Rodrigues, mais conhecida como Mary com Y. Segundo ela, a proposta é criar a profissão e levar os benefícios do bom humor. “Na prática, quanto mais pessoas entenderem e trazerem o bom humor para o cotidiano, mais promovemos o bem-estar”.
Mary com Y estuda e acredita no bom humor como essa ferramenta indispensável para lidar com os desafios da vida. “As pessoas confundem bom humor com comédia, com aquele momento em que você ri de filme engraçado, de um comediante que brinca e faz piada. Precisamos desmistificar e lembrar que o bom humor não é só isso, o bom humor é nossa sensação de bem-estar. Se você está se sentindo bem e faz o bem, você é um bem humorado, por isso vale ressaltar que os tímidos também são bem humorados, se a pessoa se sente bem e faz o bem, já faz parte do time, pois ser bem humorado não está relacionado em ser extrovertido”, explica. 
 
A especialista explica que a ideia da profissão é justamente ter humorologistas que possam ajudar outras pessoas no processo interno e externo do bom humor. "Nossa mente é rápida e quase não dá para perceber o processo do pensamento, o que está por trás daquela ideia, as crenças e como elas se tornam reais a partir da atitude da pessoa. A ideia é criar esse caminho para que mais pessoas aprendam a praticar o bom humor", diz. 
 
Para muitos cientistas, o riso, que é uma consequência do bom humor, seria um antídoto contra o estresse e por isso ele seria fundamental para a saúde integral. Apesar da importância do riso no cotidiano e da criação do bom humor, Mary lembra que o objetivo é usar o bom humor com bom senso, e ele precisa fazer sentido, ser um estilo de vida. “Como canta Frejat, rir é bom, mas rir de tudo é desespero. Assim como outros processos na mente, o bom humor não deve ser usado para fugir da realidade e sim para propor alternativa ao que parece ruim, negativo.”
 
E se não há bom humor, a ciência alerta para o mau humor. Alguns especialistas vêm estudando essa relação e questionam o impacto na imunidade do corpo e até no sistema cardiovascular. Sendo assim, na dúvida, o bom humor pode ser um bom caminho. 
 
Sobre Mary com Y: Humorologista (especialista em bom humor), pós-graduada em neurociências e comportamento pela PUC-RS. É autora do bestseller SoftSkills, livro publicado pela Literare Books International, e também do Destrave sua Vida, lançado em 2023. Mary é palestrante, cerimonialista e também realiza treinamentos com foco em bom-humor. É uma das vozes importantes da Saúde Mental no Brasil, além de ser reconhecida por entidades importantes como a ABRH Brasil (Associação Brasileira de Recursos Humanos).

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