FONTE: Jangada Consultoria de Comunicação - Wendy Candido - [email protected] - FOTO: Reprodução Google
, Lançada em maio pelo Governo Federal, a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) tem por objetivo ser mais inclusiva. O documento, em novo formato, não terá o campo ‘sexo’ e nem distinção entre ‘nome’ e ‘nome social’. As mudanças no documento iniciaram em 2022, com a finalidade de unificar o número do documento em todas as unidades federativas por meio do Cadastro de Pessoa Física (CPF), para facilitar a vida das pessoas, além de evitar fraudes, por exemplo.
Diferente das mudanças estabelecidas em 2022 quando o processo iniciou, o novo governo incluiu mais duas mudanças: a exclusão do campo ‘sexo’ e retirou a distinção entre ‘nome’ e ‘nome social’, visando a maior inclusão para comunidades LGBTQIAP+. Com o novo documento, o cidadão passará a ter apenas um número de identificação.
Segundo o especialista em ética, diversidade, equidade e inclusão e CEO da Condurú Consultoria, Deives Rezende Filho, o novo formato da CIN é um avanço importante na sociedade, pois ela possibilita que pessoas antes excluídas possam, de fato, se sentir incluídas. “Quantos são os casos de pessoas que enfrentam constrangimento na hora de apresentar o seu documento de identificação, especialmente a comunidade LGBTQIAP+. Creio que a mudança na composição do documento é um primeiro passo e, que com certeza, fará a diferença na vida dessas pessoas”, avalia.
Mas como toda mudança gera debate, com a nova CIN não seria diferente e muitas pessoas ficaram em dúvidas de como irá funcionar, principalmente os mais conversadores que são contra as mudanças. Confira abaixo os principais erros sobre o assunto e fique bem informado:
. Querem mudar tudo e impor o novo formato: não é verdade, pois o RG que conhecemos nunca teve nenhum dos dois campos (sexo e nome/nome social), ou seja, essa foi uma mudança decretada pelo governo anterior. As novas mudanças estão apenas voltando ao padrão já existente; . Essas mudanças vão dar trabalho para as pessoas: não, a CIN não surgiu por causa dessas mudanças, pelo contrário, ela tem sido emitida desde o ano passado, pois a ideia é que ela se torne um documento nacional único para todo o Brasil. O prazo para atualizar o documento é até 2032; . Isso vai gerar custo para a população: não, pois as pessoas não precisam tirar o documento agora e a primeira via é gratuita; . Sou uma pessoa cisgênero e quero manter meu nome na carteira: importante que você saiba que o seu documento vai continuar lá com o seu nome direitinho, a mudança foca em pessoas trans e travestis; . Estamos fazendo mudanças para uma minoria da sociedade: independentemente do número de pessoas de determinados grupos, as mudanças objetivam levar mais dignidade para pessoas trans e travestis. Lembrando que se você é uma pessoa cisgênero, não está perdendo nenhum direito e o seu nome vai continuar lá, agora quanto ao campo sexo, nunca teve e continuará como era.
Deives Rezende Filho é fundador da Condurú Consultoria e possui 40 anos de experiência no mercado financeiro e em outras empresas. Foi escolhido pelo Forbes 2021 como uma das 10 pessoas com +50 que se reinventaram na carreira.