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19/07/2023 às 15h38min - Atualizada em 19/07/2023 às 15h38min

Campanha alerta para os riscos do olho seco

FONTE E FOTO: Eutrópia LDC - [email protected]
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Estudo inédito indica novo tratamento para a doença. Conheça os sintomas, riscos e prevenção
 
No inverno o número de brasileiros que sentem vermelhidão nos olhos, sensação de areia, coceira, queimação, sensibilidade à luz e visão embaçada praticamente dobra, passando de 12% para 20% da população na proporção de 3 mulheres para cada homem. São os sintomas do olho seco que mobilizam oftalmologistas de todo o País em torno da campanha Julho Violeta sobre os riscos da doença.
 
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), o olho seco é uma alteração na quantidade ou qualidade de um dos 3 componentes da lágrima: água, gordura e mucina. O especialista afirma que a falta de tratamento predispõe à alergia, conjuntivite, calázio, lesão na córnea principalmente entre pessoas que usam lente de contato ou portadores de ceratocone, doença degenerativa que afina a córnea. Isso porque, explica, a lágrima tem a função de alimentar e proteger a superfície dos olhos das agressões externas. A deficiência da lágrima deixa nossos olhos expostos e pode levar à perda da visão. “Na frente do olho fica a córnea, que responde por 60% de nossa refração ou capacidade de enxergar. Sem lubrificação esta lente opacifica”, explica
 
TIPOS DE OLHO SECO E GATILHOS - O especialista afirma que 7 em cada 10 casos de olho seco são do tipo evaporativo. Significa que estão relacionados a uma disfunção das glândulas de Meibômio que produzem a camada de gordura da lágrima e impede sua evaporação.
“Quando ficamos horas em frente às telas movimentamos menos os olhos e diminuímos de 20 para 6 vezes o número de piscadas por minuto. É por isso que nossos olhos ficam ressecados”, pontua.
Dois estudos conduzidos pelo especialista mostram que até os 40 anos 75% das pessoas sentem desconforto nos olhos e cansaço visual depois de duas horas em frente as telas. Acima de 40 anos, a prevalência sobre para 90%. “Isso acontece porque a produção da lágrima diminui e outras alterações fisiológicas ocorrem nos olhos conforme envelhecemos”, esclarece.
 
Queiroz Neto afirma que outros gatilhos do olho seco evaporativo são o uso de lente de contato gelatinosas, diabetes, frouxidão palpebral caracterizada pela dobra da pálpebra durante o sono que deixa a superfície do olho exposta, abuso do ar-condicionado e alimentação pobre em ômega 3 contido em nozes, castanha do Pará, linhaça e peixes gordos: sardinha, bacalhau e salmão.
 
“A deficiência da camada aquosa da lágrima produzida pelas glândulas lacrimais de Zeiss e Moll podem passar despercebidas quando a queda na produção é inexpressiva”, comenta. Isso porque, observa, 98% da lágrima é composta por água e só a consulta oftalmológica periódica pode detectar a deficiência na fase inicial quando o tratamento é mais efetivo e a doença não deixa sequelas na visão.
Os fatores de risco da deficiência aquosa da lágrima elencados pelo especialista são o envelhecimento que vem acompanhado pela queda dos hormônios na menopausa e andropausa, uso de lentes de contato, diabetes, medicamento para hipertensão, antidepressivos, diuréticos e contraceptivos orais.
 
DIAGNÓSTICO - O oftalmologista afirma que hoje o diagnóstico é feito com uma câmera que emite luz infravermelha que é teleguiada por um software para avaliar sem interferência na superfície do olho as 3 camadas da lágrima. “O paciente consegue ver pelo exame qual a real condição do filme lacrimal e isso tem estimulado a adesão ao tratamento”, comenta.
 
PESQUISA - Uma recente pesquisa publicada pela American Society for Microbiology (ASM) mostra que em apenas cinco dias, cobaias que receberam um medicamento oral probiótico produzido com reuteriDSM17938, bacilo de origem humana, apresentaram a superfície da córnea mais intacta e saudável, além de um número maior de células caliciformes que produzem mucina, um componente essencial do filme lacrimal. Por isso, os cientistas apontam o medicamento que está disponível no mercado como uma nova opção de tratamento.
 
OUTROS TRATAMENTOS - Queiroz Neto afirma que o sucesso do tratamento com colírios lubrificantes são uma boa opção para estágio inicial da doença e depende de um diagnóstico preciso. Para olho seco severo, o mais indicado é a aplicação de luz pulsada que requer, no mínimo 3 sessões.
 
PREVENÇÃO - Para prevenir o olho seco o oftalmologista recomenta: beber água com frequência, incluir na dieta fontes de ômega, proteger os olhos com óculos do vento, poeira e fumaça, descansar os olhos 5 minutos/hora durante o uso de telas olhando para um ponto distante, manter a glicemia sob controle, evitar o stress.
 
 

 
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