O 18º livro da carreira profícua de Chico Lopes será lançado provavelmente no próximo julho, marcando uma terceira incursão do escritor pela poesia publicada. Seus dois primeiros livros no gênero, “Caderno provinciano” e “Florir no escuro”, lançados respectivamente pelas editoras Patuá (2013) e Penalux (2016) foram muito bem recebidos pelos leitores e pela crítica literária, tendo o primeiro sido comentado por Heitor Ferraz Mello, na Folha de S.Paulo, como contendo poemas “que poderiam ser inseridos entre os melhores da poesia contemporânea”. Além disso, o “Caderno provinciano” esteve entre os finalistas do prêmio Portugal Telecom em 2014.
Contendo poemas já publicados, considerados os mais expressivos na preferência dos leitores, e novos poemas, o novo livro se chamará “Vozes do fundo do poço” e é dividido em dois blocos. A curiosidade é que o segundo é considerado pelo autor como sendo seu “bloco mineiro”, já que, chamado de “Pequenas Luzes”, tem vários poemas inspirados em Minas Gerais e é dedicado a vários poetas do estado. Inspirada em Minas Gerais também é a capa do livro, uma tela do próprio Chico Lopes batizada como “Noite mineira” (ver foto).
Que peso teve a influência de Minas Gerais e a residência de Chico Lopes em Poços de Caldas desde 1992? Ele afirma que a poesia praticada em sua cidade natal até os anos 90 tinha uma feição mais sombria, voltada para a solidão e para aspectos caóticos da vida urbana, enquanto a que veio posteriormente, sob influência mineira, é mais lírica e aproximada à Natureza. O livro poderá ser conferido pelos admiradores do leitor brevemente.
