Brand-News Publicidade 1200x90
17/02/2023 às 14h48min - Atualizada em 17/02/2023 às 14h48min

Doença do beijo ou mononucleose: médica fala sobre risco de contaminação no Carnaval

FONTE: Comunicação Sem Fronteiras - Flávia Juliate - [email protected] - FOTO: Divulgação
Foto meramente ilustrativa - Reprodução Google
C 
A mononucleose acomete principalmente adolescentes e adultos jovens e a principal forma de transmissão é pelo contato com saliva de pessoas infectadas
 
Ah, os amores de Carnaval! Quase sempre trazem boas lembranças. Mas às vezes também podem trazer alguns incômodos. Um deles é a mononucleose infecciosa, também conhecida popularmente como “doença do beijo''. O tema voltou a estar em pauta no noticiário de saúde, não apenas pelo Carnaval, mas também por um recente episódio envolvendo a cantora Annita, que admitiu o diagnóstico de infecção pelo vírus Epstein-Barr (herpesvirus humano tipo 4), causador da mononucleose infecciosa.
 
No período carnavalesco, quando o contato entre foliões é mais frequente, seja por beijos na boca, compartilhamento de bebidas e contatos íntimos, pode ter um maior risco de transmissão da doença. Para pular a folia dos próximos dias com mais segurança, confira a seguir as dicas dadas pela médica infectologista Marília Dalva Turchi (foto), que atende no Órion Complex, Goiânia (GO).
 
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO - “As manifestações mais comuns são: febre, dor de garganta, aumento de gânglios (ínguas), cansaço e, eventualmente, manchas avermelhadas (exantema) no corpo”, afirma a infectologista.
Ela informa que a suspeita da doença baseia-se na presença de sinais e sintomas, tais como: febre, dor de garganta e aumento de gânglios, sobretudo no pescoço. “Entretanto, outras doenças infecciosas podem apresentar os mesmos sintomas, nos primeiros dias da doença. É importante fazer uma avaliação médica para direcionar corretamente a investigação”. Ela esclarece que exames laboratoriais, tais como hemograma e testes sorológicos específicos, permitem fazer o diagnóstico da doença.
 
TRANSMISSÃO - A transmissão do vírus da mononucleose é pela saliva e por objetos contaminados. “A infecção é transmitida principalmente pela saliva e secreções orais, por compartilhamento de copos, entre outros objetos e, potencialmente, por contato sexual”. Entretanto, a mononucleose não é considerada uma doença sexualmente transmissível, esclarece a especialista.
 
Dra. Marília explica que a infeção pelo Epstein-Barr ocorre com frequência na infância, geralmente de forma assintomática, ou com poucos sintomas. Entretanto, adolescentes e adultos quando se infectam apresentam manifestações clínicas mais exuberantes com febre prolongada, gânglios aumentados, cansaço e manchas no corpo.
 
Segundo a infectologista, a doença dura em média 2 a 4 semanas. “Os gânglios (ínguas) podem permanecer aumentados durante várias semanas. Com frequência, algumas alterações nos exames de sangue persistem por tempo prolongado”, específica.
 
TRATAMENTO - Não há um tratamento específico para a “doença do beijo”. Geralmente, são indicados medicamentos para aliviar os sintomas da doença, como analgésico e antitérmicos para febre e dor de garganta. Não se deve tomar antibióticos, pois não tem ação contra o vírus e podem causar uma piora do quadro, com aumento do exantema (manchas no corpo).
 
Como a principal forma de transmissão da doença é a saliva, a infectologista dá algumas dicas para evitar a infecção pelo vírus da mononucleose. "Reduzir a exposição à saliva, secreções orais e respiratórias; evitar ou reduzir beijos; evitar compartilhar bebidas e copos. E não esquecer de usar camisinha para prevenir infecções sexualmente transmissíveis, tais como sífilis, herpes e HIV”, orienta.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://brandnews.com.br/.