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05/01/2023 às 16h06min - Atualizada em 05/01/2023 às 16h06min

Prefeitura publica documento de tombamento do Chalé Frayha e da Escola David Campista

FONTE: Secretaria Municipal de Comunicação Social da Prefeitura de Poços de Caldas - FOTOS: Arquivo/Divulgação
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Foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM), no último dia 30 de dezembro, o tombamento pelo CONDEPHACT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico de Poços de Caldas), dos prédios da Escola Estadual David Campista e também da edificação conhecida como Chalé Frayha, situados na área central da cidade.
 
A aprovação é regida pelos termos do Dossiê de Tombamento, parte integrante do respectivo processo, para efeito de sua inscrição no Livro do Tombo do Município.
A partir deste processo, qualquer intervenção sobre os imóveis e conjunto, dentro do perímetro tombado e de entorno, deverá respeitar os conceitos, diretrizes, recomendações, cautelas e restrições, expressas no Dossiê de Tombamento e seus anexos, sendo que os casos omissos deverão ser precedidos de autorização do CONDEPHACT. Ambos os edifícios já estavam inventariados pelo conselho.
 
A declaração de bem tombado não significa que o imóvel não possa ser alterado. Isso pode ocorrer, tanto no imóvel, quanto ao redor dele, mas deve ser feito de modo que preserve as origens da edificação. Ou seja, existe a possibilidade de haver uma restauração, agregando valor ao patrimônio, mas com reserva histórica. O que já está ocorrendo, por exemplo no Chalé Frayha, cujo projeto de restauro foi aprovado pelo CONDEPHACT.
 
PATRIMÔNIO TURÍSTICO - A conservação dos prédios históricos da cidade ganhou um novo impulso nos últimos anos, com a publicação de tombamentos importantes, como o Casarão do Conde Prates, na rua Junqueiras, e o prédio do Colégio Municipal. E agora com as edificações Chalé Frayha e David Campista.
“Com isso, paralelamente à preservação da nossa história, contribuímos com a intenção do governo do estado de tornar Poços um Patrimônio Turístico Mundial”, explica o secretário de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Antonio Carlos Alvisi. O tema foi discutido durante a última viagem do secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a Poços, em novembro, durante as comemorações pelos 150 anos da cidade.
 
Conheça um pouco mais sobre os bens tombados:
 
Chalé Frayha
O local onde hoje se situa o Chalé Frayha ocupa um quarteirão inteiro e foi construído em 1886 pelo barão de Itacurussá, que morava no Rio de Janeiro e era casado com Jerônima de Mesquita, a filha do conde de Bonfim. A chácara era uma espécie de quinta, onde ele colocou móveis de madeira e plantou muitas árvores frutíferas, de todos os tipos, inclusive frutas raras. Com a morte da Baronesa, em 1917, acredita-se que a distância e os negócios da família no Rio de Janeiro despertaram o desejo de venda da propriedade pelos filhos do casal. Portanto, no ano de 1922, Mansur Frayha comprou a propriedade e desde então a família relata intervenções mínimas e apenas emergenciais na edificação ao longo dos 100 anos de sua posse, preservando o chalé em seu estado quase original. O chalé está localizado na rua Pernambuco, n° 95
 
Escola Estadual David Campista
Destaca-se em 1922, a fundação do Grupo Escolar David Campista, instalado no antigo prédio do “Sanatorium”, localizado à Rua Mato Grosso e que permanece até os dias atuais com o nome de Escola Estadual David Campista, sob a responsabilidade do Estado de Minas Gerais. O “Sanatorium” era uma sociedade beneficente de tratamento de saúde e pecúlio de vida.
Projetado pelo arquiteto Carlos Alberto Maywald, suas obras foram iniciadas em 1910 e terminadas por volta de 1913. Seus idealizadores formaram esta Sociedade Beneficente, que foi autorizada a funcionar no Território da República pelo Decreto Lei 10.420 de 03 de dezembro de 1914.
Construído para atender à elite da sociedade, foi equipado com todo luxo, sendo os móveis e demais utensílios necessários ao funcionamento que foram importados da Europa.
Teve como presidente o médico crenologista Dr. Mário Mourão, sendo vendido para a Prefeitura por desfalque verificado no Caixa, atribuído a um dos seus diretores. Com isso, acabou sendo fechado e somente em 15 de janeiro de 1922 passou a ser utilizado como escola, sendo o Grupo Escolar David Campista (atualmente Escola Estadual David Campista) que até hoje funciona neste edifício, situado à Rua Mato Grosso.

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