C De um passado distante em que o lugarejo era apenas uma fazenda, e assim mesmo inóspita e cheia de lama e animais selvagens, o quase inimaginável aconteceu. As fontes ditaram o caminho e homens de visão, verdadeiros desbravadores o seguiram, enfrentaram desafios, lutaram e nos legaram uma cidade que impressiona até os dias de hoje.
E não foram poucos os problemas a serem enfrentados em uma localidade dominada por lamaçais e animais peçonhentos. Eles ditaram para os homens de nossos dias que é possível vencer desafios e construir. Poderes como temos hoje, a partir de normas constitucionais, executivo, legislativo e judiciário, só chegariam depois. Os rumos já estavam traçados, muitos dos quais por cidadãos comuns que enxergavam além do que os olhos veem.
Chegamos aos 150 anos aplaudindo e valorizando os que passaram. O desprendimento, o interesse e a força exercida para a construção de uma cidade terão que ser eternamente reconhecidos e servir de farol, pois estes dividem as travas e a luz.
Na contagem progressiva que se começa, é tempo também de se planejar novos tempos. Poderes instituídos apoiados em conhecimentos científicos e suprapartidários, vendo os problemas normais advindos de uma cidade que cresce, têm que traçar novas metas, o que temos, o que podemos e quais os caminhos.
Desafios como trabalho, habitação, meio ambiente, transporte coletivo, alternativas energéticas compatíveis com nossos dias e nosso futuro. Abastecimento de água potável e o descarte de resíduos têm que estar na pauta. A qualidade de vida das nossas periferias, revegetação, recuperação de áreas degradadas, mobilidade e segurança, aeroporto, ferrovia e meios de comunicação há muito reclamam revisão de métodos e práticas. Saúde pública, educação, industrialização, turismo e representatividade são temas que pedem revisão constante.
Enfim, os temas são muitos, alguns mais urgentes. Os novos tempos apontam e exigem novos pontos de visão, novos compromissos e novos desprendimentos e compromissos. Um repensar rumo ao futuro que queremos e como chegar a ele.
Por Roberto Tereziano - jornalista e historiador Facebook: R Tereziano Poços de Caldas