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10/10/2022 às 15h45min - Atualizada em 10/10/2022 às 15h45min

Giulio Starace e suas obras

Foto: Reprodução Google
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Giulio Starace foi um escultor e arquiteto italiano nascido em Campânia, Napoli, em 1887. Vindo para o Brasil, se fixou em São Paulo, tendo se casado com moça da família Matarazzo. Suas principais obras fora da Itália estão em São Paulo e Poços de Caldas, onde se encontram as maiores esculturas.
 
Sua maior escultura foi feita para o Instituto Oswaldo Cruz, sendo uma obra de 40 metros cúbicos em pedra, que não chegou a ser instalada. Não se sabe se por motivo financeiro, mas a grande obra ficou mesmo durante muito tempo guardada no atelier do artista. Ao que parece, depois de muito tempo passado da execução, só uma parte do trabalho foi instalada.
 
Para Minas Gerais ele executou, nos anos 20, o monumento “Minas ao Brasil” (esq.), instalado primeiramente na Praça Darcy Vargas, aonde hoje se encontra o Relógio Floral, e só depois transferido para a Praça Pedro Sanches. Segundo relatório descritivo do próprio escultor, o monumento, que também tem o nome de “Salus et Vita” (“Saúde e Vida”), o melhor biotipo para representar um brasileiro saudável seria um indígena, assim ele se inspirou em um índio para esculpir a parte superior do monumento. Pouco abaixo há a segunda parte da obra. Um médico socorrendo uma mulher aparentemente enferma. No mesmo relatório, descreve Giulio Starace, simbolicamente seria a medicina socorrendo a humanidade. Depois, na base do monumento ele esculpiu figuras femininas com cântaros despejando água, associando a ideia de cidade das águas, como é conhecida Poços de Caldas, além de outros símbolos que representam o estado de Minas.
 
Usando o mesmo modelo masculino, Starace fez ainda um monumento para a capital mineira que se encontra na Praça da Estação, cujo nome é “O desbravador” - “Monumento à Civilização Mineira” ou “Monumento à Terra Mineira”.
 
Starace esculpiu ainda um monumento dedicado ao amor para um dos logradouros da cidade: um casal, em mármore, que tem certa semelhança com o Beijo, de Rodin. A escultura, que está em uma clareira ao pé da serra, ao lado de uma bela nascente de água que desce da Serra de São Domingos, em Poços de Caldas, recebeu o nome de “Fonte dos Amores” (dir.)
.
 
Há também no hall das Thermas Antônio Carlos mais uma obra de Starace, que recebeu o nome de “Rosas e espinhos”.
(esq.) Trata-se de uma escultura em bronze de aproximadamente um metro de altura. Tal obra seria fundida de forma ampliada para ser colocada em uma das praças de Poços de Caldas, porém, com mudanças políticas ocorridas nos anos de 1930 e a saída do governador Antônio Carlos de Andrada do poder, a ampliação da escultura não se realizou.
A escultura original ficou guardada com a família do escultor, que faleceu em 1952, sendo doada nos anos de 1990 para a cidade.
A escultura se encontra hoje, no principal salão de entrada das Thermas.
 
Uma parte da grande obra do escultor encontra-se hoje na galeria Itaú Cultural, em São Paulo.
 
 
Por Roberto Tereziano - jornalista e historiador
Facebook.com/viver Poços de Caldas
E-mail: [email protected]

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