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23/09/2022 às 14h40min - Atualizada em 23/09/2022 às 14h40min

Movimento “demissão silenciosa” ganha força pela geração Z

FONTE: Débora da Mata Assessoria de Imprensa - FOTO: Reprodução Google
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Especialista diz que estão acontecendo conflitos de expectativa
 
Há uma nova tendência no mundo corporativo conhecida como Quiet Quitting (ou “demissão silenciosa”, em português). O nome é um pouco enganador, porque ele não se refere a deixar seu emprego silenciosamente. Na verdade, ele discute limitar as tarefas profissionais, ou seja, não assumir mais deveres e tarefas do que sua função atual estabelece.
O objetivo é evitar a síndrome de burnout ao trabalhar mais horas do que o necessário e fazer mais do que você foi contratado para fazer - sem ser renumerado por isso.
 
A pandemia da Covid-19 fez muitas pessoas ressignificarem a vida e os empregos. Algumas situações deixaram de fazer sentido, então teve quem percebeu que viver apenas para o trabalho não garante felicidade.
 
Segundo a gestora de carreira e a neurocientista Andrea Deis, esse movimento vem se apresentando com mais evidência na característica da geração Z, que preza muito pela qualidade de vida, de poder usufruir de outas áreas da vida além do trabalho. É a decisão de cumprir o mínimo de suas funções básicas ao qual foi contratado. Eles querem trabalhar o menor tempo possível e trabalhar apenas com o que foi combinado entre empregado e empregador.
 
De acordo com a especialista, em um primeiro momento, essa ideia pode parecer ruim, mas é preciso entender todo o contexto que envolve essa nova forma de relação com o trabalho. A postura parece justa para alguns. Para outros, fazer apenas o básico pode prejudicar a carreira.
Para Deis, estão acontecendo “conflitos de expectativa” e uma mudança devido à transformação digital, mudança transacional e necessidades da pessoa 6.0. “Eles só querem trabalhar pelo que foi pago, mas isso pode fazer com que a pessoa não cresça na carreira, não tenha outras perspectivas”, diz. “Eles precisam ter o diferencial competitivo e são para poucos, e justamente por isso é que a empresa observará esses profissionais. Todo mundo faz o básico e não o diferencial.  As pessoas querem ser reconhecidas, mas elas não querem cumprir as tarefas e mostrar o seu diferencial”, afirma.
 
Sinais de demissão silenciosa:
. Fazer o básico
. Falta de interesse para o novo
. Silêncio
. Falta de vontade para relacionamentos
. Falta de interesse por diálogo
. Falta de interesse para novos projetos
. Cumpri o combinado, contratado
 
 
Andrea Deis é Doutoranda e Mestra em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gestora Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Especialista em Neurociências pela UNIFESP e Master Coach com mais de 18 mil horas de atendimento.
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/andreadeis/@andreadeis

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